SEGUNDO TURNO NÃO PREJUDICA TRABALHO NO SENADO, DIZ ACM



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, previu na manhã desta terça-feira, dia 3, em seu retorno a Brasília após participar de campanhas eleitorais na Bahia, que o segundo turno da eleição de prefeitos em algumas capitais não deverá atrapalhar o trabalho do Senado. "Já temos uma pauta e vamos nos reunir para definir uma agenda com novos itens de votação", disse Antonio Carlos. Apesar disso, o senador destacou que o Congresso deve ser tolerante com quem vai trabalhar ou disputar o segundo turno.

Como exemplo desse trabalho, Antonio Carlos destacou que já publicou o requerimento de formação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação do futebol brasileiro. "Apesar de alguns não quererem, vou pedir ainda hoje aos líderes partidários as indicações dos integrantes da CPI", garantiu o senador.

Antonio Carlos acredita que o ex-técnico da seleção brasileira de futebol, Wanderley Luxemburgo, será convocado para depor. Mas destacou que "se em primeiro lugar ou não, quem vai decidir serão os membros da CPI".

Ao fazer uma avaliação das eleições municipais, Antonio Carlos Magalhães reconheceu que, "inegavelmente", o PT teve um crescimento, mas disse que o PFL também se saiu muito bem. Ele considerou "generosidade" do governador cearense, Tasso Jereissatti, a avaliação de que ele, Antonio Carlos, teria sido o "grande vitorioso" nessa eleição.

- Nesse caso não há grandes vitoriosos, pois as vitórias são muito efêmeras na política e desaparecem em curto prazo - explicou.

Sobre a possibilidade de apoio do PFL ao candidato Paulo Maluf (PPB) no segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo, contra a candidata do PT, Marta Suplicy, Antonio Carlos revelou que o senador Jorge Bornhausen (SC), na condição de presidente do partido, deverá realizar consultas para decidir a questão.

- Não tenho definição sobre isto e tenho uma tese muito pessoal nesta questão - destacou o senador Antonio Carlos Magalhães: "Me dou bem com a Marta e com o Maluf e não tenho por que tomar uma decisão precipitada, sobretudo em um estado que não é o meu", concluiu.

03/10/2000

Agência Senado


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