SEM AVANÇOS, LAURO TEME CRESCIMENTO DA EXTREMA DIREITA



Diante dos indícios de que o Brasil está piorando sua situação social, o senador Lauro Campos (PT-DF) se disse receoso de que a "frustração acumulada e a ausência de perspectiva" criem um ambiente propício para a extrema direita assumir o poder. Lauro tomou como exemplo a Alemanha de 1939, que, com 44% de desemprego, elegeu o líder nazista Adolph Hitler.
- O pequeno tumor que aflorou na Áustria (com a recente ascensão da extrema direita ao poder) está presente em outros países como a Alemanha, França, em todos os cantos do mundo, pronto para assumir o poder - alertou, durante a discussão da proposta.
Segundo Lauro, a proposta original do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) poderia resultar em pouco mais de R$ 4 per capita, com recursos retirados dos mais ricos e das empresas. Porém, o substitutivo do senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), na avaliação de Lauro, retira dinheiro de áreas como a saúde, a educação e a alimentação.
Como dados negativos, o senador apontou ainda a notícia de que a massa salarial do pais recuou 9,38% somente em 1999. Ele também lembrou que o ex-presidente Fernando Collor, prometeu que deixaria a Presidência com o salário mínimo valendo US$ 300. Porém, agora, o desafio é fazer com que o mínimo volte a valer US$ 100.
- Estamos recuando. O caráter reacionário do país é tão grande que realmente nós não conseguimos avançar as nossas propostas - disse.

11/02/2000

Agência Senado


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