Fogaça teme decadência acelerada dos avanços do Mercosul
O senador José Fogaça (PPS-RS) teme uma degradação de todos os avanços de integração já conseguidos no âmbito do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul), caso não haja um esforço de harmonização econômica dentro do bloco. Ele defendeu a prática, pelos países-membros, de taxas semelhantes para os juros e a inflação, além de índices não discrepantes entre si para a dívida pública, os déficits orçamentários e o câmbio.
Para o parlamentar, é muito grave o atual momento do Mercosul. Fogaça vê riscos até mesmo para a sobrevivência do bloco econômico.
Para o representante gaúcho, todo o esforço que vem sendo feito pela indústria brasileira para se modernizar, ganhar competitividade, melhorar qualidade do produto e reduzir preços pode ser em vão. Ele enfatizou que esse esforço deve ter prioridade dos governos do Brasil, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e dos associados Chile e Bolívia, principalmente porque se aproxima a data prevista para a implantação do Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca), que integrará a América Latina, Caribe, Canadá e Estados Unidos. O parlamentar lembrou ainda que a tão desejada integração com a União Européia pode ser acelerada com a consolidação do Mercosul.
24/07/2002
Agência Senado
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