Senado aprova limitação de alcance do duplo grau de jurisdição



Vai à Comissão Diretora para redação final o substitutivo da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) ao projeto de Lei da Câmara 6/05, aprovado na noite desta quarta-feira (5) pelo Plenário, que altera o Código de Processo Civil para limitar o alcance do duplo grau de jurisdição.

A proposta original, do deputado Maurício Rands (PT-PE), extinguia o duplo grau de jurisdição obrigatório. O duplo grau de jurisdição é o instituto segundo o qual todas as decisões judiciais definitivas de um processo podem ser submetidas a um novo julgamento, por um órgão especializado, geralmente colegiado, a ser provocado por recurso voluntário ou de ofício.

Relator do PLC na CCJ, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) preferiu, ao invés de extinguir, limitar o alcance do duplo grau de instrução, acatando emenda nesse sentido apresentada pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC). Dessa forma, ficou estabelecido o teto de 500 salários mínimos para o fim dessa obrigatoriedade.

Somente as sentenças contra a União, os estados, o Distrito Federal, os municípios e as respectivas autarquias e fundações de Direito Público, além das sentenças em que julgarem procedentes - pelo menos em parte - embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública, com condenações superiores a 500 salários mínimos, serão obrigatoriamente submetidas a novo julgamento.

Honorários de perito

O Plenário também aprovou o projeto de iniciativa do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o PLS 337/99, que regula a gratuidade dos honorários de perito. O objetivo da proposição, que irá a sanção presidencial, é obrigar os profissionais formados em instituições públicas de ensino gratuito a prestar serviços como peritos, gratuitamente, aos que necessitam desse tipo de assistência judiciária e não têm condições de pagar.



05/12/2007

Agência Senado


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