Senado aprova modelo de previdência que limita aposentadoria do servidor a R$ 3,9 mil



O Senado aprovou nesta quarta-feira (28) a criação das fundações de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), que prevê a implantação de três fundos independentes de previdência complementar para os servidores federais dos Três Poderes: a Funpresp-Exe, do Poder Executivo; a Funpresp-Leg, para o Legislativo; e a Funpresp-Jud para o Judiciário.

O projeto, que limita as aposentadorias a R$ 3,9 mil, foi aprovado sem mudanças e segue agora à sanção presidencial. As novas regras valerão para os servidores públicos contratados a partir da sanção da lei, que deve ocorrer em até 15 dias. Os servidores que já estão na ativa continuarão com o mesmo regime de previdência no qual o benefício é equivalente ao salário integral e pago pelo INSS.

Pelo projeto aprovado, quando um servidor público federal se aposentar, ele receberá do Instituto Nacional de Previdência Social, no máximo, o teto previsto em lei – que atualmente é R$ 3.916,20. Para garantir um valor equivalente ao salário que tem na ativa, a aposentadoria do servidor será complementada pela fundação de previdência complementar relativa ao poder para o qual trabalha.

Para isso, além de contribuir com 11% do teto do regime geral da Previdência Social para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ele também deverá contribuir com mais 8,5% para o fundo complementar. O órgão onde o servidor trabalha também contribuirá com 8,5% para a previdência complementar.

O modelo complementar é optativo e o servidor poderá escolher não contribuir e se aposentar recebendo apenas os vencimentos pagos pelo INSS. A manutenção da Funpresp será garantida pela contribuição paritária dos servidores públicos federais e da União, ou seja, cada um entra com 50% dos recursos captados. Cada funcionário decidirá anualmente o percentual de seus vencimentos a ser descontado em folha.

Os benefícios serão pagos em caráter vitalício, após 35 anos de contribuição para homens, 30 anos para mulheres, e segundo as regras vigentes para aposentadorias especiais.

A gestão da Funpresp deverá ser exercida por membros do conselho deliberativo, que será composto em número igual de servidores e representantes da União: seis membros indicados pelo Executivo, Legislativo e Judiciário, para mandatos de quatro anos.

Os representantes de cada poder indicarão os quatro membros do conselho fiscal. Caberá aos conselheiros a indicação de dois dos quatro diretores executivos do fundo. Mais dois diretores deverão ser eleitos diretamente pelos participantes da fundação.

Para garantir o funcionamento da Funpresp, a União já garantiu aporte financeiro de R$ 100 milhões no Orçamento de 2012. Metade desses recursos será destinada à manutenção do fundo do Executivo e R$ 25 milhões para cada fundo do Legislativo e Judiciário. De acordo com a matéria aprovada, a Funpresp será fiscalizada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), tal como os demais fundos de previdência complementar em funcionamento no País. A contratação de servidores efetivos para a fundação deverá ser feita por concurso público.

 

Fonte:
Agência Brasil

 

Novo sistema de previdência complementar vai promover igualdade

Saiba mais sobre o benefício da aposentadoria

Conheça a história da Previdência Social

 

29/03/2012 14:36


Artigos Relacionados


Jaime Mariz afirma que modelo de financiamento da aposentadoria de servidor não é sustentável

CCJ aprova aposentadoria especial para servidor com deficiência

SENADO ENVIA À CÂMARA PROJETO QUE LIMITA PAGAMENTO DE CURSOS PARA SERVIDOR

Previdência complementar do servidor é tema de palestra no Senado

Novo regime de previdência do servidor deve chegar ao Senado nos próximos dias

Senado aprova PEC que limita gastos em publicidade governamental