SENADO APROVA VOTO DE PROFUNDO PESAR PELA MORTE DE BETINHO



O plenário do Senado aprovou hoje (dia 11) a inserção em Ata de voto de profundo pesar pelo falecimento de Herbert de Souza (Betinho) e o envio de condolências à família e ao estado do Rio de Janeiro, conforme requerimento encabeçado pelo senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE).

- É uma forma de o Senado homenagear um homem público em seu sentido mais amplo, aquele que se interessa pela res publica na busca do bem comum - justificou Alcântara.

Os senadores José Eduardo Dutra (PT-SE), Romero Jucá (PFL-RR) e José Roberto Arruda (PSDB-DF) encaminharam favoravelmente ao requerimento. Para Dutra, Betinho "foi um homem de esquerda que demonstrou ser possível mudar sem mudar de lado, incorporando as esperanças de milhões de brasileiros". Sua morte, na opinião do senador, decorreu da "falta de estrutura do Estado brasileiro, particularmente na área da saúde".

Segundo Arruda, Betinho e seus irmãos Henfil e Francisco Mário, também hemofílicos e vitimados pela Aids adquirida em transfusões de sangue, demonstraram que "inconformismo não tem que ser raivoso. Betinho era doce e bem-humorado", observou.

Em nome da Mesa, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, associou-se às manifestações dos senadores dizendo que, "se há um caso de quase unanimidade nacional, é o de Betinho". Não é à toa que a imprensa, em uníssono, fez o registro de seu falecimento com grandeza, disse o senador.

Antonio Carlos Magalhães destacou, em especial, artigos do jornalista Elio Gaspari, "A banalidade do bem", publicado no jornal O Globo de hoje, e do senador José Serra, no jornal Folha de S. Paulo.

11/08/1997

Agência Senado


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