Senado continua recebendo e repassando à PF documentos referentes à defesa de Renan



Todos os documentos que estão sendo apresentados ao Senado e estão sendo remetidos à Polícia Federal, relativos à perícia que está sendo realizada nas transações comerciais do presidente do Senado, Renan Calheiros, estão sendo enviados para análise do Instituto de Criminalística da Polícia Federal. A informação foi obtida pela secretária-geral da Mesa, Claudia Lyra, nesta quinta-feira (26), em conversa telefônica com o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.

- Eu liguei para ele ao ler, na mídia, que a perícia poderia atrasar porque os documentos não estariam chegando - informou Claudia à Agência Senado na manhã desta sexta-feira (27).

Renan responde a processo por quebra de decoro parlamentar que se originou de representação protocolada no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar PSOL, baseada em denúncia da revista Veja. O semanário publicou que Renan tinha parte de suas despesas particulares pagas por um funcionário da empresa Mendes Júnior. A pedido do Conselho de Ética, a Polícia Federal está realizando uma perícia para comprovar a legalidade de documentos apresentados pelo senador e empresas que teriam realizado transações comerciais, relacionadas a gado de propriedade do senador, a fim de atestar a capacidade financeira de Renan para arcar com suas despesas particulares.

Durante toda esta semana, a Secretaria Geral da Mesa, que assessora o Conselho de Ética, encaminhou documentos autenticados e notas fiscais que chegaram da Secretaria Estadual da Fazenda de Alagoas, de produtores rurais, de frigoríficos e do próprio irmão de Renan, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), relativos à venda do gado.

Novos documentos

Nesta quinta-feira, às 17h25, chegaram mais dois envelopes: um remetido por Bruno Leonardo Veiga Lopes, encaminhando notas fiscais, e outro do Superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Alagoas, José Évio Lopes Lima, a respeito dos matadouros e frigoríficos Mafrial e Mafrips, situados em Alagoas, relativos ao abate de bovinos das propriedades rurais do senador Renan nos anos de 2005 à 2007.

Nesta sexta-feira (27), às 9h55, chegou também documento enviado pela empresa Stop Comercial de Carnes, com notas fiscais relativas a transações comercias realizadas com o produtor rural Renan Calheiros no ano de 2006.

- Todos já estão sendo encaminhados ainda hoje ao ministro da Justiça, para que a Polícia Federal examine - explicou Claudia Lyra à Agência Senado.

27/07/2007

Agência Senado


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