Senado decide se pede ao BC contas de Eduardo Jorge Caldas Pereira



A movimentação bancária relativa ao período de janeiro de 1995 a julho de 2000 do ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira, sua mulher, Lídice Coelho da Cunha Caldas Pereira, e seus irmãos volta ao debate do Plenário nesta terça-feira (dia 23).

Serão votados dois requerimentos - dos senadores Romero Jucá (PSDB-RR) e José Eduardo Dutra (PT-SE) - para que o Banco Central remeta à Casa essa movimentação bancária. Presidente da Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) até março deste ano, Jucá apresentou o requerimento no entendimento de que era dever da CFC prosseguir na investigação dos fatos denunciados contra Eduardo Jorge.

Já Dutra diz que essa movimentação bancária é de fundamental importância para que se alcance "uma visão mais ampla dos negócios do sr. Eduardo Jorge Caldas Pereira". Invocando a experiência acumulada em CPIs, Dutra considera necessário que o Senado conheça a movimentação bancária não só do ex-secretário, mas também dos seus familiares.

Na mesma sessão, será votado um outro requerimento de Romero Jucá solicitando à Secretaria da Receita Federal informações sobre auditoria fiscal realizada para evidenciar sonegação fiscal, enriquecimento ilícito ou existência de patrimônio incompatível com os rendimentos declarados por Eduardo Jorge Caldas Pereira e sua esposa.

De autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), um quarto requerimento será votado. Este é para que se proceda à identificação do beneficiário de cheque da Prefeitura de Maringá (PR), depositado na agência do Banco do Brasil no Senado, nominativo ao extinto Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC).

O Senado vota ainda, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição do senador Nabor Júnior (PMDB-AC) que exige a renúncia, seis meses antes do pleito, do presidente da República, governadores e prefeitos que desejarem disputar a reeleição. E, em primeiro turno, delibera sobre proposta de emenda à Constituição do senador Moreira Mendes (PFL-RO) que transforma os integrantes da carreira de policial militar do ex-território de Rondônia em quadro em extinção da administração federal.

22/05/2001

Agência Senado


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