Senado homenageia a PUC-Minas pelos seus 50 anos



A passagem dos 50 anos de criação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais foi lembrada em sessão do Senado desta quarta-feira (10), que contou com a presença do reitor da instituição e Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães. A homenagem foi solicitada pelos senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Eliseu Resende (DEM-MG). A instituição foi reconhecida oficialmente como universidade por decreto do então presidente Juscelino Kubitschek, de 12 de dezembro de 1958.

Um dos fundadores, em 1963, do Instituto Politécnico, órgão da universidade, e também ex-professor da instituição, Eliseu Resende fez o pronunciamento de abertura da homenagem. Para ele, a vitalidade da PUC-MG pode ser avaliada pelo prêmio, recebido em 2006, de melhor universidade privada do Brasil.

- Contudo, o que mais conta é que, de 1958, quando começou com um punhado de professores e a força da convicção educadora de dom Cabral, até este ano de 2008, a PUC-MG vem formando sucessivas gerações de qualificados brasileiros - afirmou Eliseu Resende.

Formado em Engenharia Mecânica pela PUC-MG, o senador Eduardo Azeredo observou que a instituição fez parte dos mais importantes momentos históricos recentes do país, como o período do regime militar, quando, como disse, a universidade foi fonte produtora de culturas e idéias, "quando estas eram caladas pela ditadura".

- Estamos falando de uma instituição educacional das mais antigas do país, pertencente a um estado com a segunda população do Brasil, que já formou milhares e milhares de profissionais durante a sua existência. Estamos reunidos para prestar justa homenagem à PUC-Minas que já contribuiu e continua contribuindo para a formação dos jovens - disse o senador.

O senador Flávio Arns (PT-PR) parabenizou a instituição pela caminhada empreendida nesses 50 anos de existência, ressaltando "a trajetória extensa e bonita" de muitos serviços prestados à população do país com o exercício competente e de qualidade do tripé ensino, pesquisa e extensão, com enfoque nas questões sociais. O senador reforçou a necessidade de que a sociedade entenda o caráter de entidade pública não-estatal de todas as PUCs do país.

- O poder público e a sociedade têm que entender isso, porque é uma característica de não distribuição de lucros. Não existe remuneração da diretoria e, ao mesmo tempo, todo o resultado financeiro é reinvestido nos próprios objetivos da instituição. E se algum dia a instituição deixar de existir, o seu patrimônio vai ser reinvestido em uma organização congênere ou vai para o poder público. Então ninguém é dono - disse o senador, que também foi aluno e professor da PUC do Paraná.

O reitor da PUC-MG afirmou que a instituição tem o imperativo de associar a formação técnica e profissionalizante com a formação humana e filosófica, com o propósito de contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna. Seguindo os fundamentos da missão institucional, dom Joaquim Mol disse que a universidade continuará sua marcha pautada pela qualidade e pela responsabilidade a serviço da comunidade, sem fechar os olhos para as profundas desigualdades sociais do país. 



10/12/2008

Agência Senado


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