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A Comissão Mista Parlamentar de Inquérito que investiga o roubo de cargas em transportes rodoviários, ferroviários e aquaviários ouve nesta terça-feira (dia 30), às 15 horas, os depoimentos de representantes dos sindicatos das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e de Santa Catarina, da Coordenação Nacional para o Combate ao Roubo de Cargas e da Transportadora Dalçoquio de São Paulo. Eles são as primeiras testemunhas, entre empresários, sindicalistas e policiais, a prestarem depoimentos à CPI. O ministro da Justiça, José Gregori, também será ouvido. De acordo com o senador Romeu Tuma (PFL-SP), presidente da CPI, os empresários deverão explicar aos parlamentares como tem se desencadeado a ação das quadrilhas e qual tem sido a reação da polícia com relação às queixas.- Os empresários do setor estão praticamente desesperados com o aumento incontido do roubo de cargas, e vão nos explicar o modus operandi dos criminosos, atualizando informações - afirmou Tuma. Ele também informou que uma das testemunhas a serem ouvidas pelo parlamentares pediu sigilo.- Um dos depoentes prometeu trazer fatos novos e, por temer represálias, pediu para prestar parte dos depoimentos em sigilo, falando somente com os parlamentares - revelou o senador, para quem o maior desafio aos trabalhos da CPI é o de alcançar os receptadores dos roubos, para interromper a ação das quadrilhas, altamente sofisticadas.Ainda serão tomados os depoimentos de várias testemunhas que depuseram às CPIs do Narcotráfico e dos Medicamentos, promovidas pela Câmara dos Deputados. Seus nomes foram pedidos aos deputados Magno Malta (PTB-BA), que preside a CPI do Narcotráfico, e Nelson Marchezan (PPB-RS), presidente da CPI dos Medicamentos.
29/05/2000
Agência Senado
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