SENADOR APÓIA PROIBIÇÃO DE CRIANÇAS EM LAÇOS DE FAMÍLIA
- O assunto vem mobilizando a opinião pública, mas não tem recebido a devida atenção do Congresso - alertou Parga.
O senador ocupou a tribuna para prestar solidariedade ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Antônio de Pádua Ribeiro, que manteve a proibição ao negar pedido da emissora de concessão de liminar suspendendo a decisão do Tribunal de Justiça do Rio.
Para Pádua Ribeiro, o juiz fluminense tem razão ao considerar que a exibição de cenas de forte conteúdo erótico com a presença de crianças implicaria risco de danos à sociedade, como "a acentuada dissolução dos costumes e dos laços familiares e sociais".
O senador criticou a Rede Globo de Televisão por entender que a emissora mobiliza seu poderoso poder de pressão contra a decisão judicial, sob o pretexto de que a decisão judicial de mudança do horário da novela, e a proibição da participação de menores, representam o "ressurgimento da cabeça da hidra da censura".
Bello Parga também leu artigo do jornalista Alberto Dines, Eppure se muove, publicado na véspera pelo Jornal do Brasil, no qual o articulista, entre outras coisas, critica a posição do presidente da República em relação à proibição judicial:
"E quando parecia que algo moveu-se nesse imenso mar de sargaços, o que faz o excelentíssimo senhor presidente da República? Vai pessoalmente à casa do Big Brother para colocar um band-aid na primeira grande cacetada que levou da opinião pública", afirma Dines, com quem o orador disse concordar.
Bello Parga também manifestou a convicção de que a firmeza do ministro Antônio de Pádua Ribeiro, ao manter a proibição que impede a participação de crianças na novela, contribua para "a defesa da ética e da moral, que sempre foram nossos valores" - encerrou.
01/12/2000
Agência Senado
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