Senadores comemoram os 25 anos do Diap



Durante homenagem aos 25 anos do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), nesta terça-feira (16), o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que a instituição já se tornou parceira permanente na conquista dos direitos dos trabalhadores. A homenagem, prestada pelos senadores na hora do expediente, foi requerida por Paim.

Além de Paim, compuseram a Mesa o vice-presidente do Diap, José Gabriel Teixeira dos Santos, representando o presidente do departamento, Celso Napolitano; o advogado trabalhista e diretor-técnico da entidade, Ulisses Riedel; e o líder da executiva do Diap, Antônio Queiroz.

Paim lembrou o surgimento do Diap, que hoje reúne 900 entidades sindicais de trabalhadores distribuídas em todas as unidades da Federação, 90 delas somente em Brasília. Ele ressaltou o papel da entidade no período da Assembléia Nacional Constituinte, quando atuou em defesa dos direitos dos trabalhadores da iniciativa pública e privada, dos aposentados e pensionistas, dos empregados e dos empregadores, além de ter defendido a manutenção do emprego e lutado contra o arrocho salarial.

O senador ressaltou que o Diap vem atuando em sintonia com segmentos sociais e populares que lutam por democracia, transparência e justiça social, com caráter suprapartidário e intersindical, sem patrulhamento ideológico. As publicações editadas pela entidade também foram destacadas pelo senador, entre elas o Quem é Quem, que registra o posicionamento dos parlamentares na votação de matérias de interesse dos trabalhadores.

Excelência

A atuação do Diap lembrada por outros senadores presentes à sessão. Alvaro Dias (PSDB-PR) ressaltou a credibilidade conquistada pelo Diap nesses 25 anos, acrescentando que a entidade elevou o debate político a um patamar de excelência, contribuindo para o aperfeiçoamento das instituições democráticas no Brasil.

Alvaro Dias afirmou que, ao fiscalizar a produção legislativa e informar o público com isenção, o Diap descortinou esse cenário e imprimiu transparência às atividades legislativas, contribuindo para a formação da consciência política da classe trabalhadora.

O senador disse ainda que o monitoramento das ações do Congresso Nacional pelo Diap deve ser estimulado por aqueles que desejam um Parlamento sintonizado com os interesses da sociedade brasileira. Segundo ele, a entidade, ao eleger os cem parlamentares mais influentes do Legislativo, separa o "joio do trigo" e estimula uma concorrência "salutar, importante, positiva e construtiva".

- Ao valorizar os honestos, procura preservar a instituição parlamentar, que é o alicerce do regime democrático - disse.

Para Mão Santa (PMDB-PI), o Diap encontra-se na mesma linha de importância de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

- O Diap é a instituição mais séria no país, hoje - afirmou.

Romeu Tuma (PTB-SP) lembrou o surgimento da organização, nos anos 70. E Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) disse que o Diap executa um trabalho isento que valoriza o Legislativo ao registrar a atividade dos parlamentares.

A atuação do Diap na Assembléia Nacional Constituinte também foi saudada por Pedro Simon (PMDB-RS). Ele afirmou que o trabalho desenvolvido pela entidade, "essencialmente democrática", é fundamental para a valorização da vida pública. Em sua opinião, o Diap contribui para a transparência da atuação parlamentar, de modo que o cidadão possa conferir se há coerência entre o discurso eleitoral e a prática legislativa.

Cristovam Buarque (PDT-DF) destacou o pioneirismo do trabalho do Diap em três aspectos. O primeiro, ao valorizar o trabalho das organizações não-governamentais (ONGs), "em uma época em que a expressão precisava ser traduzida"; o segundo, ao fiscalizar os Poderes, "algo também raro há 25 anos"; e o terceiro, ao promover uma democracia mais participativa, obrigando o Congresso Nacional a redefinir o seu papel diante das novas demandas da sociedade.

O trabalho do Diap também foi destacado por Heráclito Fortes (DEM-PI), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Não-Governamentais (ONGs), criada para apurar o desvio de verbas públicas por essas entidades. O senador disse que espera poder comemorar os 50 anos do Diap e desejou que o departamento continue sendo um exemplo de entidade do terceiro setor para o Brasil.

- Seria bom que elas [as ONGs] seguissem exatamente a transparência que o Diap segue. Aí talvez não houvesse necessidade sequer de CPIs, porque o objetivo dessa que foi proposta é exatamente separar o joio do trigo - afirmou.

Voz

Em seu discurso, Eduardo Suplicy (PT-SP) comparou o Diap a uma "voz que ajuda" os parlamentares na análise das propostas legislativas.

Inácio Arruda (PCdoB-CE) ressaltou que o Diap nunca distorceu a posição dos parlamentares e que a entidade sempre abraçou causas significativas para a história do movimento sindical.

José Nery (PSol-PA) disse que o Diap é uma instituição "corajosa, firme e idônea", cuja atuação é pautada por princípios democráticos e por excelência técnica.

Renato Casagrande (PSB-ES) afirmou que o Diap é importante não só para os trabalhadores brasileiros, mas também para a sociedade e para os meios de comunicação.

Marcelo Crivella (PRB-RJ) também saudou o trabalho do Diap e alertou para a necessidade de adoção imediata de políticas públicas que beneficiem a geração de empregos, em razão da atual crise financeira global.

Para João Pedro (PT-AM), o trabalho desenvolvido pelo Diap virou uma referência para todas as entidades da sociedade civil organizada.

Na opinião de Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), o Diap é uma entidade modelar que procura aprimorar e legitimar as reivindicações dos sindicatos a ela filiados. Ele desejou que outras entidades sigam "o exemplo marcante e edificante" do Diap.

Após os discursos dos senadores, Ulisses Riedel disse que uma das "colunas básicas" do trabalho do Diap é o Congresso Nacional, "tão atacado indevidamente".

- O Diap tem consciência de que a democracia depende da valorização do Congresso Nacional - afirmou o diretor-técnico da entidade.

Pouco antes de encerrar a homenagem para dar início à ordem do dia, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, disse que o Diap executa um trabalho que favorece o Legislativo.

- Quero reafirmar aqui o compromisso do Congresso Nacional de estar sempre ao lado de instituições como o Diap, valendo-se de suas informações e serviços e, sobretudo, de sua seriedade e da ética - afirmou.



16/12/2008

Agência Senado


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