Senadores criticam demora para início da Ordem do Dia
Senadores criticaram nesta quarta-feira (15) a demora no início da Ordem do Dia e defenderam o cumprimento do Regimento Interno da Casa, que prevê o início dos trabalhos em Plenário às 16h.
Às 16h30, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) pediu a palavra e cobrou o início da Ordem do Dia, mesmo sem a presença em Plenário do presidente da Casa, Renan Calheiros. Ele defendeu mudanças no Regimento Interno para evitar a demora no início dos trabalhos.
- Eu acho que nem uma Câmara Municipal no interior do meu estado, Pernambuco, tem um procedimento dessa natureza. Isto aqui não é uma Câmara Municipal qualquer, porque uma Câmara Municipal que se dá ao respeito, e a maioria se dá ao respeito, não começa a Ordem do Dia apenas com a presença do presidente, começa na hora em que o Regimento diz - afirmou.
Em resposta, o 1º vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), que presidia os trabalhos, garantiu que não existe nenhuma determinação de Renan para que a Ordem do Dia só tenha início com a sua presença em Plenário.
Jarbas elogiou a atuação do deputado Henrique Eduardo Alves, na presidência da Câmara, por conduzir os trabalhos “de maneira democrática, correta e leal, sobretudo leal, respeita os deputados, não atropelando”.
- Aqui, o presidente já ocupou a televisão para dizer que a medida provisória vai ser aprovada de todo jeito, isto é, chegando aqui vai ser aprovada - criticou.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que antes mesmo da intervenção de Jarbas havia cobrado o cumprimento do horário, elogiou a decisão de Jorge Viana de dar início à Ordem do Dia. Ele também apontou a necessidade de cumprimento dos prazos previstos no Regimento Interno, sem vinculação com a votação da MP dos Portos na Câmara.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) classificou a decisão da véspera, de prolongar a sessão para aguardar a votação da MP na Câmara, de "algo estranho, esquisito, esdrúxulo". Com a indefinição do assunto na Câmara, a sessão do Senado acabou encerrada às 22h50.
- Estamos, aqui no Senado da República, nos transformando em batedores de carimbo do que vem da Câmara. O que é mais estranho ainda é que lá na Câmara estão dizendo que existem batedores de carteira modificando a medida provisória que veio lá da Presidência da República. Batedores de carteira estão querendo nos transformar, aqui, em batedores de carimbo – afirmou.
15/05/2013
Agência Senado
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