Senadores defendem atuação de Fernando Bezerra no ministério



Colegas de partido do ministro Fernando Bezerra, os senadores Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) defenderam a atuação do ministro à frente da Integração Nacional e o aporte de recursos para ações de prevenção em Pernambuco. Os senadores trataram como preconceito as críticas aos investimentos no Nordeste, dando exemplo de inúmeros repasses de recursos feitos pelo ministério a estados do Sul e do Sudeste que em nenhum momento chegaram a ser questionados.

Para Valadares, líder do PSB no Senado, a decisão do governo federal e do governo de Pernambuco de construir as barragens neste estado foi acertada e evitará tragédias como a que ocorreu em junho de 2010 em Pernambuco e Alagoas, quando 37 pessoas morreram e outras 100 mil ficaram desabrigadas. Valadares ressaltou ainda que, logo depois do episódio, o ministério repassou recursos para o Rio de Janeiro, também vítima de enchentes, sem levar em conta "todo o dinheiro" a que o estado já teria direito em decorrência dos royalties do petróleo.

Valadares também registrou seu apoio ao irmão do ministro, Clementino Coelho, que assumiu interinamente a presidência da Codevasf, uma vez que o novo presidente da estatal não tinha sido nomeado pelo governo, apesar das pressões do PSB para que isso ocorresse de forma imediata.

O senador Rodrigo Rollemberg também citou os repasses de verbas a estados como Rio de Janeiro e São Paulo, em outras ações do ministério que não a de prevenção, para exemplificar a distribuição equilibrada de recursos da pasta pelo Brasil. O senador culpou a política histórica do país de não dar atenção aos mais pobres pelos questionamentos atuais acerca dos investimentos em Pernambuco.

Apoio do PP

Também em defesa do ministro discursou o senador Benedito de Lira (PP-AL). Dizendo falar em nome do partido, o senador empenhou solidariedade a Fernando Bezerra e afirmou que é preciso investir ainda mais no Nordeste. Benedito rebateu as críticas à gestão de Bezerra à frente do ministério, afirmando que basta visitar Petrolina (PE), município do qual o ministro foi prefeito, para reconhecer o importante trabalho que ele desempenhou para o desenvolvimento da cidade.

Sem abordar as denúncias relacionadas à atuação do ministro, o senador Blairo Maggi (PR-MT) aproveitou para cobrar verbas de emergência para o Mato Grosso, no valor de R$ 30 milhões, sobretudo para o município de Colniza, que teve pontes destruídas no ano passado. Madeireiros e empresários locais arcaram com os custos da reparação.

Blairo também pediu que o ministério trabalhe em um projeto de lei que facilite a vida do gestor público em momentos de emergência. Em resposta ao senador, o ministro explicou que o governo já liberou R$ 5 milhões para o Mato Grosso e que outros R$ 17 milhões já estão empenhados e aguardam liberação.



12/01/2012

Agência Senado


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