Senadores elogiam escolha de jurista sergipano
A escolha, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do jurista sergipano Carlos Augusto Ayres Freitas de Brito para o Supremo Tribunal Federal foi elogiada pelos senadores da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que aprovaram nesta quarta-feira (14) a indicação. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que este é -o dia mais glorioso do governo Lula-. Para ele, Carlos Ayres levará um sentimento de humanidade ao Supremo.
O relator da indicação, Marcelo Crivella (PL-RJ), ressaltou a humildade do jurista, salientando que isso será importante no exercício da função de magistrado. Sergipano com o jurista, o senador Almeida Lima (PDT) disse que a indicação representará a elevação do estado de Sergipe, -que há 50 anos não se fazia presente no STF-.
O senador Amir Lando, depois de elogiar a trajetória acadêmica de Ayres, defendeu uma profunda reforma nos códigos como forma de evitar a -procrastinação das decisões judiciais-. Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que Carlos Ayres já é uma unanimidade, entre políticos, professores e advogados. O senador baiano aproveitou para defender maior controle sobre os tribunais.
Os senadores não consideram o fato de Carlos Ayres ter militado durante 18 anos no Partido dos Trabalhadores um empecilho à sua futura atividade como ministro do Supremo. Demostenes Torres (PFL-GO) chegou a afirmar que a militância de Ayres era -uma qualidade-.
- Isso é uma qualidade, porque significa que ele tem posição ideológica. O presidente tem que indicar quem tem afinidade ideológica com ele - afirmou.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, disse que Carlos Ayres levará ao Supremo o sentimento de que é necessário promover a inclusão social também no que diz respeito ao acesso à Justiça.
O presidente da CCJ, Edison Lobão, disse que as audiências com os indicados para o Supremo Tribunal Federal reeditam os melhores momentos do Parlamento. Ele elogiou as escolhas feitas pelo presidente Lula.
14/05/2003
Agência Senado
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