Senadores fazem cobranças ao ministro da Saúde
Após exposição do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em audiência na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), os senadores fizeram análise das propostas para o setor apresentadas e cobraram medidas para melhorar a área.
O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), afirmou ter gostado da proposta de interiorização do profissional de saúde apresentada pelo ministro, que prevê estímulos para reter em pequenas cidades médicos recém-formados, entre outras ações. Para o senador, 80% dos problemas da área poderão ser resolvidos com essa proposta.
O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) cobrou a instalação de um hospital específico para tratamento de pacientes de câncer em seu estado, doença que mata cerca de 140 mil por ano. Segundo o senador, pesquisas indicam que cerca de 40% das mortes poderiam ser evitadas se houvesse precocidade no diagnóstico e tratamento adequado. Ele cobrou também a aprovação da proposta de regulamentação da Emenda 29 (que assegura recursos para a área), proposição em exame pela Câmara dos Deputados.
A regulamentação da Emenda 29 também foi reivindicada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que disse ser necessário, contudo, rejeitar emenda para criação de um novo tributo para o setor - a contribuição social da saúde (CSS).
O senador Paulo Davim (PV-RN) cobrou recursos para a área e disse ser necessário instituir punição severa para desvios de verbas da saúde, crime que deveria ser classificado como hediondo em sua avaliação. Ele também lembrou a necessidade de incentivo à formação de pediatras, setor carente de profissionais no país. O senador também aplaudiu a medida de adotada pelo governo de distribuição de medicamentos para hipertensos e diabéticos.
A senadora Ângela Portela (PT-RR) elogiou programas do governo, como a Rede Cegonha, lançada recentemente em Minas Gerais, para atendimento à saúde da mulher, desde o momento em que descobre a gravidez até os dois anos do filho; e o programa de prevenção e diagnóstico e tratamento do câncer de mama e do colo do útero. Ela propôs ainda a instituição de um programa específico para cuidar da saúde do homem.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) disse que o "caos" na saúde está instalado, sendo necessário definir um rumo para resolver os problemas, especialmente para atendimento dos mais pobres que dependem dos postos de saúde. Em sua opinião, o fundamental agora é o atendimento básico, emergente da população. Segundo pesquisa citada pela senadora, 71% da população classifica o sistema de saúde do país como regular ou ruim. Ela citou ainda denúncias de cobrança para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e cobrou fiscalização para evitar esses casos.
O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu medidas para avançar no combate ao consumo do álcool e cobrou também a aprovação da regulamentação da Emenda 29, além de atenção especial à saúde dos aposentados.
Para o senador Mozarildo Cavacanti (PTB-RR), o problema maior na área da saúde é o desvio de recursos, "a corrupção na área". Ele citou investigação da Controladoria Geral da União (CGU) que descobriu desvios de cerca de R$ 500 milhões na Fundação Nacional da Saúde (Funasa). O senador também concordou com Paim quanto à necessidade de conter o consumo de álcool no país. Ele fez um apelo para realização de uma "força-tarefa" em seu estado para deter a corrupção na área de saúde.
O senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu a revisão da regulamentação da profissão de mototaxista, em razão do número elevado de acidentes que acontecem com esses profissionais. Ele afirmou ainda ser necessário cobrar o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) por parte dos gestores públicos, já que não há apenas "bonzinhos" na área da saúde.
Mais informações a seguir
04/05/2011
Agência Senado
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