Senadores pedem que governantes reflitam sobre direitos humanos
Nesta quarta-feira (17), em sessão especial para comemorar os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, instituída no dia 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o senador João Pedro (PT-AM) afirmou que o documento é tão atual que todos os governantes precisam refletir sobre ele.
Para João Pedro, é hora de serem reafirmados os princípios que constam na declaração. O senador afirmou que o documento foi um sinal de "sensatez" da humanidade.
- Estamos aqui, sessenta anos depois, no Senado Federal, com uma representatividade de organismos internacionais, da sociedade civil organizada, com senadores dos estados brasileiros refletindo sobre esse documento tão importante e tão atual - afirmou João Pedro.
Já o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou que é preciso ampliar a visão de direitos humanos e incluir nesses princípios temas que vão além dos apontados pelo senso comum como direitos humanos.
- É nosso dever proteger a democracia brasileira, consolidá-la e aperfeiçoá-la. E isso só ocorrerá se soubermos cobrar que este país solucione desde os problemas maiores, que atingem todos e a todos empolgam, até os problemas que parecem menores, mas não são pequenos para quem os vive - disse.
Arthur Virgílio disse que o brasileiro tem clara consciência de que não há ditadura e que o país vive "o regime democrático como foi possível atingi-lo". Lembrou, no entanto, que o Brasil continua enfrentando problemas, como a tortura nas prisões, a destruição do meio ambiente, os sistemas de transporte de massas desumanos e o desrespeito aos direitos do consumidor.
- Não há proteção de direitos humanos sem moradia justa, sem emprego, sem direito à livre opção sexual. É preciso combater em todas as frentes. Combater o racismo insidioso no Brasil, presente, mas disfarçado nas piadas, nas relações de trabalho - disse.
O parlamentar afirmou que também considera desrespeito aos direitos humanos situações como a que atingiu o prefeito eleito de Tonantins (AM), Fábio Cabral, que desapareceu ontem em um acidente de barco no rio Solimões.
- Tem tanto para se fazer no campo do direito das pessoas humanas que um dia haverá navegação segura na minha região e as pessoas poderão saber se alguém morreu ou não - disse.
17/12/2008
Agência Senado
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