Senadores realizam primeira visita oficial ao Suriname



Os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Heráclito Fortes (DEM-PI) realizaram, nesta sexta-feira (27), a primeira visita oficial de parlamentares brasileiros ao Suriname. Em encontros com parlamentares e representantes do governo surinamês, ambos ressaltaram a intenção de aprofundar a relação entre os dois países e, ao mesmo tempo, demonstraram sua preocupação com a situação de aproximadamente 20 mil brasileiros que se encontram em situação irregular no país.

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Pela manhã, logo depois de chegarem da Guiana Francesa, os dois senadores visitaram a Assembleia Nacional do Suriname, onde foram recebidos pelo vice-presidente, Caprino Alendy, e pelos parlamentares Rabindre Parmessar e Mangal Mansaran. Ao recebê-los, Alendy expressou sua preocupação com a situação dos garimpeiros ilegais, mas também defendeu a construção de uma rodovia entre os dois países, que atualmente se encontra em fase de estudos iniciais.

Azeredo informou aos parlamentares do Suriname que o Congresso brasileiro recentemente aprovou a regularização de imigrantes que estão em situação ilegal no Brasil. Mencionou ainda a aprovação pelo Legislativo de um acordo de cooperação com o Suriname em matéria de defesa. E informou que se reuniria, algumas horas mais tarde, com integrantes da colônia brasileira. A iniciativa foi bem recebida pelos parlamentares surinameses.

- Nossa população é inferior a meio milhão de habitantes, e existem 20 mil brasileiros no Suriname. Isto é alguma coisa - afirmou Alendy.

Parmessar disse ser a favorável a um aprofundamento das relações entre os dois países, especialmente em áreas como a pesquisa agrícola. Ele defendeu ainda a futura construção de uma ferrovia entre os dois países, com o objetivo de ampliar o comércio bilateral. Mas também ressaltou sua preocupação com os garimpeiros.

- Os garimpeiros estão em uma situação difícil e precisamos, os dois países, chegar a um entendimento sobre esse assunto, até mesmo de um ponto de vista humanitário - sugeriu.

O 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes, sugeriu a celebração de um acordo entre a Assembleia Nacional do Suriname e o Interlegis, órgão do Senado que permite a interconexão de informações legislativas entre o próprio Senado e diversos outros órgãos legislativos no Brasil. Ele esclareceu aos colegas surinameses que a visita era uma iniciativa da chamada diplomacia parlamentar, que permite que representantes dos dois países troquem opiniões sem o formalismo da diplomacia oficial.

- Precisamos de mais sintonia. Ocorreu um distanciamento inaceitável entre nossos países, pois nos voltamos, no Brasil, mais aos nossos vizinhos do Sul - disse Heráclito.

Segundo Parmessar, não foi apenas no Brasil que faltou atenção ao diálogo bilateral.

- Se vocês estavam mais voltados para o Sul, nós estávamos olhando mais para o Norte, para a Europa - comparou.

Independente da Holanda desde 1975, o Suriname tem recebido uma ajuda financeira da ex-metrópole ao longo dos últimos anos. Esta ajuda, porém, terminará no ano que vem, quando o Suriname, pela primeira vez, terá de sobreviver com os seus próprios meios.

Marcos Magalhães, enviado especial da Guiana Francesa / Agência Senado



27/11/2009

Agência Senado


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