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No encontro com parlamentares do Senegal, Heráclito observou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) exporta tecnologia para todo o mundo e, assim, poderia firmar convênios de cooperação com o governo do país. Ainda pediu aos parlamentares africanos que o Senegal retome as importações de frango do Brasil, interrompidas desde a crise da gripe aviária. O senador pelo Piauí afirmou que já não havia razão para manter esse embargo, até porque o Brasil não foi atingido pela epidemia.

Os senadores de Senegal também pediram aos parlamentares brasileiros que os ajudassem, com sua experiência, nos trabalhos do Senado, criado em 2001. Até então, o país era unicameral, possuindo apenas a Assembléia Nacional. O Senado local é composto por 100 senadores, dos quais 35 são eleitos e os demais, indicados pelo presidente da República.

Durante a reunião, Heráclito Fortes, João Pedro, Marconi Perillo e José Nery explicaram o funcionamento e as atribuições do Senado no Brasil. Heráclito também fez uma oferta de cooperação técnica: além de convidar os senadores senegaleses para visitarem o Brasil, sugeriu o envio de funcionários para estudar a dinâmica do Senado brasileiro. Marconi Perillo apoiou a idéia de Heráclito e assinalou que "o Senado brasileiro tem muita experiência e grande autonomia".

- Temos muito a contribuir e também a aprender com os senhores - acrescentou o senador por Goiás.

Saúde, futebol e agricultura

Ao longo do dia, a comitiva brasileira também se reuniu com o 1º ministro do Senegal, Hadjibou Soumaré, e com o vice-presidente da Assembléia Nacional (similar à Câmara dos Deputados brasileira), Abdou Fall. As autoridades senegalesas pediram cooperação nas áreas de saúde e esportes - todos fizeram questão de destacar a admiração pelo futebol brasileiro.

A embaixadora do Brasil no Senegal, Katia Gilabete, que acompanhou a comitiva durante a visita às autoridades do país, enumerou algumas das parcerias que já são realizadas. Ela assinalou a cooperação no combate à anemia falciforme e a parceria com a Universidade de Brasília (UnB), que possui curso de formação de técnicos de futebol. Na área da agricultura, de acordo com a embaixadora, há parcerias entre Brasil e Senegal para o desenvolvimento de um bioinseticida contra o grilo peregrino, que ataca as lavouras locais, e também parcerias para o desenvolvimento de horticultura no semi-árido e para a produção de biocombustíveis.

O encontro com os senadores brasileiros também contou com a presença do 1º vice-presidente do Senado de Senegal, Kansoumbaly Ndiaye, e do presidente da comissão de Defesa, Abdourahmane Touré.

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