Sérgio Guerra aponta ameaça de crise institucional
O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) afirmou que o país atravessa "um momento crítico", com "uma crise política com pinta de crise institucional crescente". Os recentes conflitos entre os Poderes Judiciário e Legislativo são, para ele, "sintomas de um mal-estar crescente de ameaça à democracia". Ressalvou, no entanto, que o Congresso Nacional apenas tem reagido a situações de crise geradas pela "falta de capacidade democrática ede coerência da base do governo".
O parlamentar fez ressalvas ao presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e a alguns partidos, considerados por ele democratas.
- Estamos em momento crítico; não pensar sobre isso é não pensar sério - alertou.
Sérgio Guerra rememorou que o ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP) foi competente na preservação das instituições democráticas e até mesmo o ex-presidente Fernando Collor, que sofreu o impeachment e foi afastado do poder, não teria, a seu ver, "usado o Estado para se defender".
O senador protestou ainda contra o fato de o Congresso Nacional não ter votado até agora o Orçamento da União de 2006, o que considera gravíssimo. Lamentou que o governo use, como desculpa, que a oposição estaria impedindo sua votação. Reclamou do rompimento do acordo sobre a Lei Kandir, feito na semana passada, "sem argumento e sem que partido algum assumisse a responsabilidade pela ruptura do acordo".
O presidente Renan Calheiros concordou com o parlamentar e afirmou que o modelo orçamentário está esgotado e que o Congresso Nacional não pode ser responsabilizado pela imprevisão do governo em sua proposta orçamentária, quedeixa o Congresso exposto.
21/03/2006
Agência Senado
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