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Serra participa de seminário da revista Veja

Evento reuniu políticos e empresários nacionais e estrangeiros

O governador José Serra participou na tarde desta terça-feira, 2, do seminário "O Brasil que queremos ser", organizado pela Editora Abril em celebração aos 40 anos do lançamento de sua principal publicação, a revista Veja. (leia o discurso na íntegra)

O seminário reuniu especialistas nacionais e estrangeiros para debater temas importantes de áreas como educação, economia, imprensa, meio ambiente, megacidades, democracia, raça e pobreza.

“A Veja foi minha principal fonte de informação a respeito do que aconteceu no Brasil, enquanto passei 14 anos fora do país, voltei em 1978. Li a revista desde o número zero, em 1968. Nunca poderia ter imaginado que teria a satisfação de solenidade de seu 40º aniversário e falando sobre o futuro de nosso país”, disse Serra.

O governador José Serra fez um discurso onde falou dos avanços do país nos últimos 40 anos. “Se a volta da democracia foi a grande conquista dos anos 80, a estabilidade foi a grande conquista da segunda metade dos anos 90”, observou o governador. “Mesmo com o solavanco causado pelo desequilíbrio externo no final da década e depois pela sucessão presidencial de 2002, o fato é que a economia foi reencontrando seu rumo, sob o tripé câmbio flutuante, metas de inflação e responsabilidade fiscal”, completou.

“Precisamos evitar agora é que o crescimento não represente um mini-ciclo a mais e sim um ponto de inflexão na tendência de semi-estagnação que nos acompanha desde os anos 80”, argumentou Serra, citando o fato que desde 1980 para cá o PIB por habitante do país cresceu 1% ao ano.

Segundo o governador, governar para a próxima geração significa fazer com que ela encontre mais oportunidades de vida. “Que essas oportunidades se distribuam de forma socialmente mais equânime, num ambiente democrático e num meio ambiente físico de boa qualidade. “Oportunidades de vida são indissociáveis da geração de empregos”, enfatizou.

Responder este desafio, segundo Serra, requer em primeiro lugar aumentar a taxa de investimentos da economia. “Devemos deixar de lado, de uma vez por todas, tanto o estatismo como a estado-fobia”, destacou. Para Serra, o Estado deve ser regulador e ativo. E os órgãos estatais devem ser estatizados, ao invés de serem apropriados por partidos políticos ou grupos corporativos. Serra ainda defendeu a retomada do Mercosul e as parcerias com o setor privado para investimentos em infra-estrutura.

Manoel Schlindwein

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