Setor braile do Senado vai priorizar a impressão de obras literárias



Pioneiro entre os órgãos públicos brasileiros a lançar publicações em braile, o Senado Federal chegou ao seu 53º título: a Legislação Eleitoral e Política. O diretor-executivo da Secretaria Especial de Editoração e Publicações (Gráfica do Senado), Florian Madruga, disse em Imperatriz (MA) que no segundo semestre de 2010 a prioridade do setor braile será a impressão das obras literárias do Conselho Editorial. Florian representou a instituição na solenidade de entrega do kit braile do Senado durante o 8º Salão do Livro de Imperatriz.

Dos 53 títulos em braile que fazem parte do catálogo de publicações do Senado, destacam-se a Constituição federal - primeira obra a ser transcrita pela Casa para o sistema apropriado pelos portadores de deficiência visual - e as constituições de 16 estados brasileiros. No estande do Senado instalado no Salão do Livro de Imperatriz, Florian, o prefeito da cidade, Sebastião Madeira, e o secretário municipal de Educação, Zesiel Ribeiro, entregaram os livros para representantes da Associação de Deficientes Visuais Deus é Fiel, a Biblioteca Pública de Imperatriz e o Centro Municipal de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais.

- O programa de impressões em braile foi criado há alguns anos pelo Senado seguindo uma determinação da Constituição de 1988, que diz: todos são iguais perante a Lei. O Brasil conta hoje com cerca de 17 milhões de portadores de deficiência visual. Eles enfrentam dificuldade para acessar livros em braile, sobretudo os que contém a legislação do país. O Senado procura disponibilizar as leis mais importantes para que essas pessoas possam conhecer seus direitos, ampliar suas noções de cidadania, estudar e se preparar para concursos - explicou Florian Madruga.

Adaílo Sobral da Silva, 30 anos, natural do município de Senador Alexandre Costa (MA), mas morador de Imperatriz, disse que os livros serão muito úteis a ele e aos demais filiados à Associação Deus é Fiel. Ele enxergou até os 21 anos de idade, quando uma atrofia do nervo ótico o fez perder a visão. Adaílo, que está se aperfeiçoando na leitura em braile, pediu aos senadores que exijam o cumprimento de algumas leis que são desrespeitadas. Ele citou o exemplo da prioridade dos portadores de deficiência visual nas filas de banco.

- Acontece constantemente comigo. Quando vou a bancos, tenho que enfrentar filas enormes. A prioridade no nosso atendimento depende mais da boa vontade de alguém do que da lei, que é constantemente descumprida - disse Adaílo Sobral.



07/06/2010

Agência Senado


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