Setor privado apoia flexibilização do horário do programa 'A Voz do Brasil'; Ana Rita discorda



Na audiência que acontece agora sobre A Voz do Brasil, o representante da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Alexandre Kruel Jobim, defendeu a flexibilização do horário do programa, que hoje é transmitido às 19h para todo o país. Tramita no Congresso um projeto de lei (PLC 109/2006) que flexibiliza o horário. Aprovado pelo Senado na forma do substitutivo do então senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), o texto voltou à Câmara dos Deputados, onde está sendo novamente discutido.

A Abert quer que as rádios possam escolher um horário entre as 19h e 22h, conforme estabelece o projeto. Alexandre Jobim argumenta que um dos problemas é o prejuízo que as emissoras têm ao ter de interromper sua programação para transmitir A Voz do Brasil - que é obrigatória. Ele assinalou que há queda de audiência durante a transmissão. O representante da Abert ressaltou que a associação não é contra o programa - nem contra a sua obrigatoriedade - e reconhece sua importância.

Mas a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senadora Ana Rita (PT-ES), é contra a flexibilização. Ela afirmou que o projeto com esse objetivo, que já foi aprovado no Senado e tramita na Câmara, "atende a interesses de alguns grupos econômicos".

- É uma forma disfarçada de relegar a segundo plano A Voz do Brasil - declarou a senadora.

Também é contra a medida Chico Sant'Anna, jornalista do Senado e coordenador do Movimento em Defesa do Programa Voz do Brasil. Sant'Anna apresentou argumentos semelhantes aos de Ana Rita. Além disso, ele disse que as empresas privadas têm uma motivação "egoísta" e lembrou que elas utilizam as emissoras de rádio sob o regime de concessão do governo.

Essa audiência, promovida pela CDH, está sendo realizada na sala 2 da Ala Nilo Coelho do Senado e pode ser acompanhada ao vivo pelo site da TV Senado.



20/05/2013

Agência Senado


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