Sibá: Acre é o fumante passivo da Amazônia
- O Acre pode ser considerado o fumante passivo da Amazônia - disse Sibá, ao defender o seu estado da acusação de ser um grande palco de queimadas, citando frase do presidente do Instituto do Meio Ambiente do Acre, Edegard de Deus.
De acordo com estudos detalhados feitos desde 1999 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pela Universidade de Winsconsin, pela Universidade Federal Fluminense e pelo Centro de Pesquisa de Woods Hole, incêndios florestais perto da cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra produziram uma parte significativa da fumaça que foi transportada por mais de mil quilômetros até Rio Branco, capital do Acre.
O senador lembrou também que a depressão propiciada pela Cordilheira dos Andes e o Planalto Central forma um corredor climático natural que favorece a entrada das massas polares na região, conduzindo a fumaça oriunda de queimadas de Mato Grosso, Rondônia e norte da Bolívia até o Acre. Dos 32.498 focos de calor detectados, só 216 teriam se originado no Acre.
- Não quero dizer com isso que a fumaça produzida no Acre seja desprezível, pois mesmo com um número relativamente muito menor de queimadas elas se constituem em importante fonte de poluição para o estado, porque emanam gases com maior concentração de agentes nocivos, justamente por estarem mais próximas - explicou o parlamentar.
Acordo nuclear
O senador referiu-se ainda em seu discurso a declarações do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre o fim do acordo de cooperação nuclear entre o Brasil e a Alemanha.O embaixador minimizou o impacto do fim do programa, ao afirmar que o acordo "cumpriu os seus objetivos" e que o país hoje é autônomo em matéria de enriquecimento de urânio.
23/11/2004
Agência Senado
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