Sibá diz que Bolsa-Família "é paliativo" e governo deve buscar transferência de renda permanente



Num discurso em que se emocionou ao lembrar que sua família passou por dificuldades quando ele era criança, o senador Sibá Machado (PT-AC) concordou com a afirmação de que o Bolsa-Família "é um paliativo". Para ele, o programa "não pode ser permanente" e o governo tem de buscar"políticas permanentes de transferência de renda" para a população mais pobre.

- Há pessoas, neste momento, que não têm um pedaço de pão para comer. É por isso que tem de haver o Bolsa-Família, que está atendendo a 12 milhões de pessoas - justificou.

O senador petista elogiou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) por suas idéias, lembrando ter ouvido dele que os governos brasileiros nunca conseguiram conciliar crescimento econômico, equilíbrio fiscal e democracia. Ele entende que, finalmente, no governo Lula, as três situações vêm ocorrendo, ao mesmo tempo em que há redistribuição de renda. Por isso, se mantido o crescimento com democracia e redistribuição de renda, Sibá Machado acredita que o Brasil irá comemorar o bicentenário da independência, daqui a 15 anos, na condição de país desenvolvido com justiça social.

Em aparte, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) aplaudiu Sibá Machado por elogiar o senador Cristovam Buarque, adversário do presidente Lula nas eleições. Sibá respondeu afirmando que, para ele, "Cristovam está apenas emprestado ao PDT" eainda retornará ao PT.

21/08/2006

Agência Senado


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