Sibá está otimista com os depoimentos que serão tomados em Cuiabá



O senador Sibá Machado (PT-AC) disse, em entrevista à Agência Senado, estar bastante otimista quanto às audiências a serem realizadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas na segunda (10) e terça-feira (11), em Cuiabá (MT). Nesses dois dias serão ouvidos três dos principais acusados de integrar o esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento da União: a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino; o proprietário da Planam Comércio e Representações, Darci José Vedoin, apontado como chefe da suposta quadrilha; e seu filho e proprietário da Santa Maria Comércio e Representações, Luiz Antônio Trevisan Vedoin.

- Devo ir hoje à tarde para Cuiabá e, se o juiz [Jefferson] Schneider liberar o depoimento de Trevisan, poderei lê-lo durante o final de semana para me inteirar melhor dos fatos - ressaltou Sibá.

O parlamentar disse que o fato de Trevisan ter recebido o benefício da delação premiada - instrumento legal que permite a redução de pena àqueles que colaborarem com a Justiça - indica que ele deve ter esclarecido, com detalhes, como funcionava o esquema de licitações irregulares e a venda de ambulâncias às pelas prefeituras, com recursos de emendas do Orçamento.

Comitiva

Segundo informou Sibá, os parlamentares que irão a Cuiabá representando a CPI são, além dele, o presidente do colegiado, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), o vice-presidente, Raul Jungmann (PPS-PE), o relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e os senadores Heloísa Helena (PSOL-AL) e Jonas Pinheiro (PFL-MT). A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), embora não integre a comissão, tomou a iniciativa de acompanhar os trabalhos da comissão por ser parlamentar daquele estado.

O senador petista disse ainda que os integrantes da comissão tomarão os devidos cuidados para não agredirem de forma alguma os depoentes e, assim, obterem deles cooperação para chegar aos nomes de parlamentares que realmente fazem parte do que ficou conhecido como "máfia das ambulâncias". Segundo Sibá, de posse da cópia do conteúdo de gravações telefônicas com referências a nomes de parlamentares e assessores, a comissão estará preparada para "ir direto ao ponto", indagando sobre os nomes citados.

- É necessário cautela para não acusar ninguém sem provas. Vejo duas possibilidades no esquema. Há aquele parlamentar que de fato participou diretamente do esquema e existe a hipótese de um assessor de deputado ou de senador ter se utilizado do nome do parlamentar e da própria emenda para tomar parte no esquema sem que o parlamentar tivesse qualquer conhecimento - explicou o senador.

Defesa

Sibá exemplificou a importância dessas escutas telefônicas que, no caso específico do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), disse ele, não apontam nenhuma relação entre o esquema da quadrilha e o próprio senador. Há possibilidade de vínculo, conforme explicou, apenas do assessor do senador,Marcelo Cardoso Carvalho, segundo o que apurou na documentação a que teve acesso.

Sibá destacou ainda que, se forem constatadas ligações telefônicas realizadas entre membros da quadrilha e deputados ou senadores, estes últimos serão considerados integrantes do esquema e imediatamente serão notificados para apresentarem defesa.



07/07/2006

Agência Senado


Artigos Relacionados


Dez depoimentos serão tomados nesta semana

Comissão toma três depoimentos em Cuiabá

EDISON LOBÃO ESTÁ OTIMISTA COM A PERSPECTIVA ECONÔMICA PARA ESTA DÉCADA

Corretor de imóveis está otimista com a economia

Dornelles está otimista com decisão do STF sobre royalties

ARTUR DA TÁVOLA DIZ QUE ESTÁ OTIMISTA, APESAR DAS DIFICULDADES