Sibá quer inclusão da comunidade e realização da reforma agrária para desenvolvimento da Amazônia



Os investimentos na Amazônia, públicos ou privados, devem observar a inclusão do capital comunitário nos benefícios gerados pela atividade produtiva. Essa é a fórmula para o ordenamento territorial e o desenvolvimento da região sugerida pelo senador Sibá Machado (PT-AC), por considerar que o modelo permitirá o manejo sustentável dos recursos naturais, sejam eles florestais, hídricos ou energéticos.

A primeira iniciativa nesse sentido, afirma o senador, é a realização de uma reforma agrária que respeite as especificidades da região. Esse modelo, de acordo com Sibá, deve conciliar o modo de vida local e a preservação do meio ambiente com as novas tecnologias voltadas para o desenvolvimento sustentável, de forma a inserir a produção no mercado nacional e internacional.

O senador destacou a possibilidade de ampliação da produção de madeira, que pode se tornar uma atividade que concilie produtividade e sustentabilidade com inclusão da comunidade local. Sibá informou que o setor florestal do Ministério do Meio Ambiente indica que é possível dobrar, em três anos, a produção de madeira sem prejudicar o ecossistema.

- O perfeito uso dessa equação no desenvolvimento da economia florestal resultará em virtuoso processo de inclusão social, integrando ao máximo os elos da cadeia produtiva, onde a terra para a exploração esteja prioritariamente nas mãos da comunidade e o processamento da produção esteja prioritariamente nas mãos do capital privado e público - declarou Sibá.

Nesse sentido, Sibá destacou o Projeto de Assentamento Florestal (PAF), do governo federal, que propõe o manejo comunitário da produção madeireira, absorvendo as famílias da região em assentamentos e evitando a migração. Somente no Acre, informou o senador, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já reservou uma área que pode receber 1,2 mil famílias, cuja produção seria absorvida pela indústria madeireira.

- O PAF é um bom exemplo do nosso governo de como poderemos fazer um ordenamento territorial na região, minimizando a geração de conflitos por terra, incluindo milhares de famílias no processo produtivo, garantindo a sustentabilidade dos nossos recursos e de qualquer investimento. O PAF incorpora conceitos inovadores, capazes de permitir o crescimento do espaço vital da pequena produção comunitária e familiar. Acreditamos na reforma agrária, na sua contribuição para a Amazônia - declarou o senador.



23/01/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Sibá Machado quer reforma agrária para impedir internacionalização da Amazônia

BENEDITA QUER DEMOCRACIA PARA REALIZAÇÃO DA REFORMA AGRÁRIA

Sibá: governo trata reforma agrária com rigor

RITO SUMÁRIO PARA REFORMA AGRÁRIA AGUARDA INCLUSÃO NA ORDEM DO DIA

Sibá pede apoio a proposta que aperfeiçoa a reforma agrária

Reforma agrária ajudará a gerar empregos, prevê Sibá