SIMON DEFENDE GASODUTO BRASIL/ARGENTINA
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu hoje (dia 27) a construção do gasoduto Brasil/Argentina, passando pelos estados sulistas e interligando-se ao gasoduto Bolívia/Brasil, como uma decisão política de permitir que a região Sul "tenha condições de encontrar seu caminho de desenvolvimento".
Conforme o senador, o gasoduto que garantirá mais energia a Porto Alegre foi decidido em dois protocolos anteriores ao firmado com a Bolívia: o primeiro, entre os então presidentes José Sarney e Raúl Alfonsín, foi reiterado por outro, firmado entre Fernando Collor, nos primeiros dias de seu governo, e Carlos Menem. Depois deles, foi assinado o protocolo de construção do gasoduto Bolívia/Brasil, que deverá atravessar o Brasil Central e chegar a São Paulo, com ramificações para o Rio de Janeiro e Minas Gerais e, posteriormente, para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, acrescentou o senador.
- É fácil compreender que, passando pelos ricos Centro-Oeste e São Paulo, todo o gás que vier da Bolívia será consumido nessas regiões - observou.
Simon disse que, através do presidente da República, já apresentou esse arrazoado ao ministro de Minas e Energia, Raimundo Brito, e ao presidente da Petrobrás, Joel Rennó, dos quais recebeu respostas de que a proposta está sendo estudada em profundidade.
O senador agradeceu o empenho de Fernando Henrique e as respostas recebidas, e anunciou que uma empresa privada realizou estudos e elaborou um projeto de construção do gasoduto tão necessário aos gaúchos. O projeto, conforme Simon, foi apresentado ontem, no Rio Grande do Sul, pelo presidente da Federação das Indústrias do estado, em reunião com a bancada federal gaúcha.
- A Petrobrás, portanto, já pode contar com uma empresa altamente interessada na construção do gasoduto - enfatizou.
27/11/1997
Agência Senado
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