SIMON DEFENDE MEMÓRIA DE ULYSSES



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu hoje (dia 21) a memória do presidente da Assembléia Nacional Constituinte de 88, Ulysses Guimarães, diante das referências a ele feitas nas autobiografias dos ex-presidentes Ernesto Geisel e Fernando Collor. Ressalvando que falava com base em matérias jornalísticas e desejava que não fossem verdadeiras, ele disse que as declarações desmereciam "um dos maiores pavilhões de civismo da história do país".

Sobre a menção feita por Geisel, segundo a qual Ulysses não "construiu nada", Simon afirmou que o ex-presidente do MDB e, mais tarde, PMDB, foi "o grande comandante nos momentos difíceis do país": "Ele chamou e conduziu um povo em busca do seu destino."

Simon refutou também a declaração de Collor de que teria recebido a solidariedade de Ulysses durante o processo de impeachment. "O doutor Ulysses teve, sim, receio de que a instalação de uma CPI pudesse acabar mal para o país, levando em consideração a própria história de Vargas e João Goulart, mas uma vez ciente dos fatos, deu total apoio," afirmou. Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) concordou com o pronunciamento.



21/10/1997

Agência Senado


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