Simon diz que "história ainda deve explicação sobre a Varig"
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse que "a história ainda deve uma explicação sobre a Varig". Para ele, uma das maiores empresas de transporte aéreo do mundo foi reduzida a pó. Ele atribuiu a culpa aos governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, que "não tomaram providência".
Simon lamentou que o governo federal tenha usado a lei de falências para "vender a Varig a três testas-de-ferro de um grupo internacional". Opinou que o governo deveria ter nomeado um interventor para a Varig quando ainda havia tempo, para depois tratar de sua venda "de uma maneira normal". Também defendeu o pagamento, pelo governo, da diferença entre o preço de custo das passagens aéreas e o que as empresas tiveram de manter, abaixo do custo, após a decretação do Plano Collor. Essa diferença está sendo cobrada na Justiça.
- O Rio Grande do Sul ficou muito machucado - afirmou Simon.
O representante gaúcho ainda elogiou a postura de Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz de 2006, que visitou o Plenário nesta quinta-feira (12). Simon disse que, apesar de sua importância, Yunus, inventor do microcrédito, é de uma simplicidade impressionante.
Na presidência da sessão, o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que ele e Simon fizeram mais de 30 pronunciamentos sobre a crise da Varig. Paim também informou que a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), divulgou nota dizendo ser improcedente a notícia segundo a qual o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) criaria dificuldade para a aprovação do empréstimo de US$ 1,1 bilhão para o estado do Rio Grande do Sul.
12/06/2008
Agência Senado
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