Simon diz que seria candidato









Simon diz que seria candidato
O senador Pedro Simon afirmou ontem à Agência Estado que pode retomar sua candidatura presidencial depois da desistência de Itamar Franco. Evitando criticar o governador mineiro, Simon disse que “a tese da candidatura própria está acima denomes”.

Uma comissão peemedebista faz levantamento para a definição de um novo nome. O senador admitiu que poderá aceitar: “Se optarem pelo meu nome, eu vou examinar”. Pedro Simon diz que a chapa com José Serra (PSDB) é uma aventura. “Isso não pode ocorrer sem a aprovação da convenção partidária”.


Colonos saem da Parmalat
Os cerca de 1,8 mil agricultores que estavam nas unidades da Parmalat de Carazinho e PortoAlegre desocuparam os locais ontem à tarde. O protesto terminou depois que a Parmalat anunciou reajuste de 11% no preço do litro do leito pago aos produtores.

Desde quarta-feira à noite a produção já havia sido retomada.

A empresa assegurou pagamento de um preço mínimo de R$ 0,25 por litro. Em nota oficial, a Parmalat informou que coloca à disposição dos produtores sua equipe técnica para “obter maior produtividade”.


Pesquisa Ibope: 33% confiam em FHC. Antes eram 31%
No total, o número dos que aprovam passou de 33% para 40% e dos que desaprovam foi de 59% para 52%. No quesito confiança, FH conquistou seis pontos percentuais a mais

A avaliação positiva do presidente Fernando Henrique Cardoso, apurada pela pesquisa Ibope/CNI divulgada ontem, subiu de 21% - na última pesquisa, feita em dezembro de 2001 -, para 28%. Ao mesmo tempo, a avaliação negativa recuou, no mesmo período, de 37% para 31%.

Apesar da melhora, a avaliação negativa do presidente ainda é maior que a positiva. Em março, 31% dos entrevistados classificaram a administração de Fernando Henrique como ruim ou péssima. Em dezembro do ano passado, entretanto, 37% dos entrevistados consideraram negativa a administração do presidente da República. A avaliação regular manteve-se praticamente estável, passando de 40% para 39% no período.


Serra já é segundo e Roseana cai para quarto
Pesquisa da CNI/Ibope reflete o momento político, mas ainda apresenta Lula na liderança, apesar da queda de sete pontos

A principal novidade da pesquisa CNI/Ibope é a queda da governadora Roseana Sarney (PFL) e a subida extraordinária de José Serra (PSDB). De acordo com os dados divulgados ontem, o primeiro lugar continua com o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mas seu índice de intenções de voto baixou sete pontos, ou seja, foi de 31% em dezembro – última pesquisa divulgada, - para os atuais 24%.

Serra deu um salto da sexta posição na pesquisa anterior, com apenas 5% de intenções de voto, para 16% agora. Roseana, depois de ter protagonizado as acusações de envolvimento com fraudes, caiu da terceira para a quarta posição, registrando uma queda de 16% para 13%.


STF: polêmica no critério de escolha dos ministros
Ministro Paulo Brossard quer que as indicações para o Supremo continuem sendo feitas pelo presidente

Ao final de oito anos de mandato, em 2002, o presidente Fernando Henrique Cardoso terá indicado três ministros para o STF (Supremo Tribunal Federal). Ele nomeou Nelson Jobim e Ellen Gracie Northfleet e nos próximos dias indica um magistrado para a vaga de José Néri da Silveira, que completa 70 anos e chega à aposentadoria compulsória em 24 de abril . Para diminuir o poder presidencial, tramita no Congresso projeto de emenda à Constituição que modifica o critério de nomeação dos 11 integrantes do tribunal. O jurista Paulo Brossard é defensor incondicional da indicação de juízes do STF pelo presidente da República. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) propõe que os magistrados sejam indicados alternadamente por Executivo, Legislativo e o próprio judiciári.


Greve: 250 mil pessoas sofrem na Grande P. Alegre
Às 11h, manifestantes foram até a sede da Fiergs protestar contra a flexibilização das Leis Trabalhistas. À tarde o trem voltou a funcionar. Mesmo assim, várias ruas ficaram congestionadas

Cerca de 250 mil pessoas foram atingidas ontem pela greve geral convocada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) na Grande Porto Alegre. A manifestação foi contra a flexibilização da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Três bloqueios na BR-116 que liga Canoas a Porto Alegre, tornaram impossível o acesso à capital entre 6h e 9h. O engarrafamento chegou a 15 quilômetros.


Editorial

E OS EMPREGOS, ONDE ESTÃO?

Em 2000, a Previdência Social chegou a comemorar uma elevação de receita de 7,6%. Contribuíram para este resultado o aumento do emprego formal e, conseqüentemente, a maior participação de empregados e empregadores na arrecadação previdenciária. Influiu também a extinção das aposentadorias especiais e proporcionais. A idade média de quem entrava com pedido de aposentadoria, antes da reforma da Previdência, era de 48,7 anos, em dezembro de 1998. No final do primeiro semestre de 2001, a idade média tinha pulado para 52 anos. E daqui para a frente, deverá ser de 54 anos.

Na outra ponta, no entanto, um fator tem ajudado a reduzir a receita da Previdência nos últimos tempos: o mercado informal de trabalho. Com o número crescente de pessoas que perdem seus empregos e vão atuar em atividades "informais" (sem registro no INSS), o sistema previdenciário deixa de receber quantias expressivas, que poderiam estar cobrindo os rombos que vêm se acumulando.

A diferença entre as contribuições arrecadadas anualmente e os benefícios pagos fica ao redor dos R$ 60 bilhões anualmente - o que equivale a 5% do PIB de R$ 1,2 trilhão. Em 2000, o déficit diminuiu pela primeira vez em relação ao PIB em cinco anos. Foi de R$ 45,4 bilhões, ou 4,2% do PIB - R$ 52,2 bilhões de benefícios e R$ 6,6 bilhões de contribuição. Em 2001, foram arrecadados R$ 65,7 bilhões e gastos R$ 75,3 bilhões com benefícios - um déficit de R$ 12,84 bilhões, ou 1,08% do PIB.

Na falta de arrecadação suficiente, o governo custeia os prejuízos e justifica com isso o desvio de recursos da Saúde e da Assistência Social. Segundo o secretário da Previdência, Vinícius Carvalho Pinheiro, 40,2 milhões de trabalhadores brasileiros não fazem contribuições ao INSS. Os trabalhadores formais, que contribuem, somam 27 milhões. No início dos anos 90, 57,5% da população economicamente ativa tinha carteira assinada. Hoje, o percentual está em 45,4%.
Se não arrecadar mais, o sistema não conseguirá se livrar dos déficits sucessivos. E para arrecadar mais, só há uma saída: o crescimento do mercado formal de trabalho. E isso só ocorrerá com a desoneração da geração de empregos em nosso país.


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03/22/2002


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