Simon diz que PMDB terá candidato à presidência
Ao fazer uma análise do quadro político para as eleições deste ano, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) assegurou que, ao contrário de recentes notícias veiculadas pela imprensa, o seu partido terá candidato próprio à presidência da República. Ele lembrou a história política do PMDB e criticou aqueles que têm apregoado a impossibilidade de o partido concorrer ao cargo.
- O PMDB não será vice de Roseana ou do Serra. É importante que o eleitor saiba que o nosso partido foi o único que já realizou convenção nacional em que 98,7% dos filiados votaram pela candidatura própria para presidente. O PMDB é o maior partido, tem mais biografia, tradição, história, correligionários e por qual motivo não poderia concorrer ? - questionou o senador.
Para Simon, tanto a mídia quanto os líderes de seu partido - citando nominalmente o senador Renan Calheiros (AL) e o deputado Michel Temer (SP) - que têm defendido o oposto estão prestando um desserviço ao PMDB e ao país. "O que os candidatos dos outros partidos têm que os quadros do PMDB não têm? ", indagou, lembrando os nomes de Iris Resende (GO), José Sarney (AP), Itamar Franco (MG), Roberto Requião (PR) e o dele próprio como capazes de disputar as eleições pelo partido.
- Como pode um líder estar negociando em nome do partido se ainda não existe uma decisão final sobre o nome, o que só ocorrerá nas prévias do mês que vem ? - questionou Simon, aproveitando para conclamar os vereadores, prefeitos e demais correligionários a comparecerem às prévias para escolher o candidato do partido.
Em aparte, o senador Francelino Pereira (PFL-MG) alertou para a possibilidade de o PMDB não poder ter candidato próprio à presidência, caso o Tribunal Superior Eleitoral decida na próxima terça-feira (26) que as coligações partidárias deverão valer para todos os níveis eleitorais.
- Em tese eu concordo com a idéia de fortalecermos as coligações, mas agora, que os entendimentos, acordos e regras eleitorais já estão definidos, a lei não pode ser modificada. Isso precisa ser visto com um ano de antecedência e a prerrogativa de definir uma legislação dessa ordem é do Congresso - argumentou Simon.
Simon confirmou sua pré-candidatura à presidência da República e informou que já tem em mente um plano de governo, que deverá resgatar a ética e recuperar o setor social do país. "Nós temos que ter um projeto viável e urgente para acabar com a fome, a miséria e apenas aceitar o pagamento de juros aos bancos internacionais que não sejam absurdos", disse.
O senador Iris Resende (PMDB-GO) concordou com Simon, observando que as decisões do PMDB têm impacto na política nacional. Também em aparte, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) disse que é legítima a candidatura de Simon, um dos um dos fundadores do partido.
22/02/2002
Agência Senado
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