Simon: Obama pode ser a diferença no mundo que vivemos



Embora surpreso com a escolha de Barack Obama para Prêmio Nobel da Paz, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse, na manhã desta sexta-feira (9), que o mundo deve festejar esse momento. Em sua avaliação, o prêmio está sendo conferido muito cedo, mas é certamente, um estímulo, um voto de confiança, uma homenagem à linha de pensamento do presidente dos Estados Unidos.

- Eu tenho muito carinho por esse homem. Ele mostrou na campanha e está mostrando na presidência dos Estados Unidos sua alma, seu sentimento. Venho com muita alegria dizer que o mundo deve festejar. Ele pode ser a diferença no mundo que estamos vivendo.

Na análise de Simon, o maior feito de Obama até agora foi mostrar-se capaz de trilhar caminhos para a solução de vários problemas enfrentados pelo mundo. "Quem poderia imaginar que Obama equacionaria os problemas dos Estados Unidos ou do mundo de uma hora para outra? Eu não acreditava em milagre", comentou Simon.

O senador gaúcho lembrou que, em discurso proferido em Plenário, no ano passado, apontou vários problemas que Barack Obama poderia atacar logo que tomasse posse na Casa Branca. Para sua alegria, disse, viu várias das soluções que pensara serem adotadas pelo presidente americano.

- Eu dizia que era preciso acabar com aquela cruel penitenciária de Guantánamo em Cuba. Ele a extinguiu e agora conseguiu grande vitoria no Congresso para permitir aos presos serem julgados nos Estados Unidos. Eu dizia que ele poderia iniciar imediatamente um diálogo com Cuba, no sentido de findar aquele terror que já dura 50 anos (o bloqueio comercial). Obama iniciou o diálogo com Cuba. Eu dizia que o americano era o grande responsável por não se encontrar um entendimento no Oriente Médio. Ele tomou posição. Foi lá, dialogou com árabes e judeus, determinou tratativas positivas. E está conseguindo.

Antes de deixar a tribuna, Simon disse que voltará terça-feira (13) ao Plenário para tratar da decisão governamental de atrasar a restituição do imposto de renda aos contribuintes brasileiros. Ele disse que já apresentou sete projetos de lei fixando essa devolução em, no máximo, 60 dias. Para Simon, a decisão de protelar agora a restituição é irracional, incompreensível, um verdadeiro seqüestro de dinheiro do contribuinte.

09/10/2009

Agência Senado


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