SIMON PEDE A OLÍVIO DUTRA QUE REPENSE SUBSÍDIO ÀS MONTADORAS
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) apelou veemente nesta sexta-feira (dia 16) ao governador Olívio Dutra, do Rio Grande do Sul, para que repense a posição que vem adotando de não repassar à Ford e à GM, recursos na ordem de R$ 400 milhões, que foram acertados pelo ex-governador Antonio Brito a título de incentivos fiscais para que as fábricas se instalassem no estado. Dirigindo seu pronunciamento diretamente ao governador do Rio Grande do Sul, conforme enfatizou, advertiu-o de que lá o PT nunca poderá ser novamente governo caso perca a "oportunidade desenvolvimentista" que poderá ser propiciada pelas montadoras, principalmente na arrecadação de impostos e no combate ao desemprego através da formação de mão-de-obra técnica.Alertou Pedro Simon para o acúmulo de prejuízos que poderiam advir para o Rio Grande do Sul face à negativa de Olívio Dutra de honrar o compromisso do governo anterior, entre eles os de ordem jurídica, a título de indenizações. "Também considero absurdo tirar dinheiro que o estado tem em caixa para financiar GM e Ford, posso criticar o contrato do Brito, mas temos que pensar que tem faltado investimentos no estado, que hoje fala de igual para igual com o Brasil e o Mercosul", salientou.- O futuro cobra de nós essa oportunidade - enfatizou o senador, recordando que o Rio Grande do Sul já deixou escapar por duas vezes a oportunidade de ter uma grande industria no estado, entre elas a montadora Fiat, que acabou por escolher Minas Gerais, em 1976. A propaganda veiculada pelo governo da Bahia e também pelo estado de Santa Catarina, segundo informou, oferecendo os incentivos fiscais que o Rio Grande do Sul não quer pagar e mais algumas vantagens, também deveriam ser motivo de preocupação para o governador Olívio Dutra, conforme Simon.Concluindo, o senador gaúcho pediu apoio à bancada petista no Senado para convencer o governador do mesmo partido a rever sua posição a respeito. Simon disse que tem ciência de que os propósitos de Dutra de levar a termo os princípios administrativos do PT são elevados, mas lembrou que já foi governador e pode dimensionar a perda que a "decisão errada" sobre os investimentos pode gerar.
16/04/1999
Agência Senado
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