Simon pede críticas construtivas, que levem em conta cenário de dificuldade no país e no mundo
Ao fazer uma análise da grave crise internacional e dos principais problemas nacionais, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) considerou inútil e um desserviço ao país a posição dos que, segundo ele, -ficam apenas criticando as atitudes ou não atitudes do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sem oferecer soluções-. Para Simon, as críticas, nesse momento, devem ser construtivas e contribuir para modificar o atual cenário geral.
- Não adianta alguns parlamentares do governo anterior, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ficarem pegando exemplos de discurso dos membros do atual governo para mostrar contradições. Como também não resolve o governo Lula ficar apontando as dificuldades orçamentárias que o governo anterior deixou para o atual. O momento é de crise, de ameaça de guerra iminente e de mais problemas para a economia nacional e mundial. Por isso, precisamos usar a inteligência para encontrar saídas - disse ele.
Segundo o senador, se o Brasil não resolver um de seus principais problemas que, conforme indicou, reside no pagamento elevado de juros decorrentes da dívida externa - de janeiro do ano passado a janeiro deste ano o valor pago mensalmente dobrou, informou ele - vai ser muito difícil o país conseguir voltar a desenvolver-se.
O senador pelo Rio Grande do Sul também demonstrou preocupação com a situação internacional, criticando a postura dos Estados Unidos de querer atacar o Iraque mesmo sem o apoio do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Em sua opinião, as atitudes do presidente George W. Bush de -não dar ouvidos- aos pedidos de paz da comunidade internacional vão abalar a liga das nações e o sentido da democracia pregado na atualidade.
O senador Amir Lando (PMDB-RO) apoiou, em aparte, o discurso de Pedro Simon, lamentando o rumo dos acontecimentos no panorama internacional. Ele lembrou que a humanidade poderá pagar um preço muito alto pela decisão de apenas um país, os Estados Unidos.
07/03/2003
Agência Senado
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