SIMON PEDE URGÊNCIA PARA MEMORIAL GETULIO VARGAS
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) informou hoje (dia 21) que pedirá urgência para que o Senado vote "e aprove" projeto de lei de sua autoria que cria o memorial ou museu Getúlio Vargas. O senador sugere que a obra seja feita de preferência no Palácio do Catete, no Rio, de onde o ex-presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) governou o país até o seu suicídio, em 1954.
Simon demonstrou "indignação e surpresa" em relação a atitude do presidente Fernando Henrique Cardoso, que não teria respondido à proposta da família Vargas, formulada por meio de uma neta de Getúlio, oferecendo ao governo todo o seuacervo, incluindo o original da Carta-Testamento e a caneta com que Getúlio a escreveu, além do revólver usado no dia fatal.
A iniciativa da família foi motivada pelo temor de que o material contendo documentos importantes para a história do país se deteriore por falta de manutenção, disse o senador.
- Entrei com um projeto de lei nesse sentido e já decorreram mais de 60 dias de sua tramitação. Assim, em face da omissão do presidente da República, conclamo os senadores a tomarem a iniciativa, aprovando a proposição - enfatizou Pedro Simon, ressaltando que existem dezenas de prédios e espaços físicos pertencentes à União que estariam também à disposição do governo federal para que o museu ou memorial sejam instalados.
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), informou a Pedro Simon que a sua proposição está aguardando exame da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e que pedirá pressa na apreciação da matéria para que a mesma seja votada em breve pelo plenário.
Agradecido, Simon lembrou que em Brasília existe o Memorial JK, no Maranhão, o Memorial José Sarney, e tornou e criticar o fato de o presidente da República não dar a importância devida ao assunto. "Só porque ele (Fernando Henrique) disse que a Era Vargas acabou, não se pode levar adiante tal homenagem? Não entendi", concluiu o senador.
21/11/1997
Agência Senado
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