SIMON PREGA AMPLIAÇÃO DO DEBATE SOBRE A FOME



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu nesta segunda-feira (dia 16) o aprofundamento e a ampliação do debate sobre a fome no Brasil, aproveitando a abertura nesta segunda-feira em Brasília do fórum "O Ataque à Pobreza", realizado pelo Banco Mundial. O encontro segue até esta quarta-feira com a presença do vice-presidente do banco, David Ferranti, do ministro da Fazenda, Pedro Malan, da presidente do Conselho do Programa Comunidade Solidariedade, Ruth Cardoso, do ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque (PT), da senadora licenciada Marina Silva (PT-AC), e do economista Albert Fishlow.

- Vou propor que a comissão responsável pelo fórum possa debater a questão da fome com uma comissão do Senado - disse Simon, designado pelo próprio presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, para substituí-lo no evento. Antonio Carlos viajou para Belo Horizonte a fim de comparecer ao enterro de Paulo Tarso Flecha de Lima Júnior, filho do embaixador do Brasil em Roma.

Simon disse acreditar que um debate paralelo ao fórum propiciaria o resgate do material resultante das discussões realizadas pela comissão do Senado que estudou saídas para o problema da fome. Além disso, poderia gerar nova proposta destinada a diminuir a fome, já que a proposta de emenda constitucional (PEC), apresentada por Antonio Carlos para pôr em prática as conclusões da comissão, foi neutralizada pela ação do governo, segundo Simon. Ele lembrou que o relator da PEC, senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), reduziu o valor orçamentário do programa de combate à fome previsto na PEC, atendendo a orientação do ministro Pedro Malan.

Em aparte, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) mostrou descrença no fórum, uma vez que as autoridades do Banco Mundial já definiram com o Executivo os termos do programa de ajuda ao Brasil e o relatório sobre a situação do País. Assim, as discussões não teriam nenhum efeito prático. A senadora reclamou também que os técnicos do banco se recusam a discutir com os senadores os pontos das operações de crédito que cabe ao Senado autorizar.

- Todas as vezes que se fecha uma porta, abre-se uma janela - respondeu Simon, defendendo a participação dos senadores no evento realizado pelo Banco Mundial. O senador Lauro Campos (PT-DF) sugeriu que "uns três ou quatro pobres" fossem convidados ao encontro para que Malan os conhecesse.

16/10/2000

Agência Senado


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