MOZARILDO PREGA AMPLIAÇÃO DO MERCOSUL



Em discurso no plenário, o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) defendeu a ampliação da integração dos países da América do Sul. Como economia mais forte da região, disse o senador, o Brasil deve trabalhar para que o Mercosul se transforme "tão rápido quanto possível" em um mercado que englobe toda a região.- Como representante de um estado do extremo norte do Brasil, vejo como primordial para o nosso país que a integração com nossos vizinhos fronteiriços, como a Venezuela, Suriname e Guiana avance - afirmou Mozarildo.Segundo o senador, o fato de a Venezuela pertencer ao Pacto Andino, que reúne também Bolívia e Chile, já em contato com o Mercosul, faz com que esse país tenha facilidades para se integrar aos países do Cone Sul. Mozarildo ressaltou as características da economia venezuelana, que tem forte base industrial, minerais e renda per capita de mais de US$ 3 mil.- Sou fervoroso defensor da integração dos países latino-americanos em um mercado que possa propiciar-lhes uma via de desenvolvimento ao abrigo das fortes pressões norte-americanas pela nossa subordinação à sua ordem econômica - avaliou.Na sua visão, os países menos desenvolvidos devem constituir blocos de defesa para se contraporem ao poderio dos EUA. A adesão do Brasil à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), continuou, significa a subordinação da economia nacional à daquele país, o que anularia as nossas chances de autonomia nacional e internacional, "comprometendo o desenvolvimento harmônico e sustentado".- Fortalecer o Mercosul, apoiar suas conexões com a Europa, a China, o mercado asiático e as economias africanas. Esse é o grande desafio do Brasil que se quer uma grande potência no século XXI - analisou.O senador Romero Jucá (PSDB-RR), em aparte, disse acreditar que a inserção dos países do Pacto Andino no Mercosul é vital para as economias de estados como Roraima, Amazonas, Rondônia e Acre. Para ele, o avanço nas negociações com a Venezuela podem "puxar" os demais países que fazem parte daquele pacto.Da mesma maneira, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) entende ser fundamental que o país acelere o encontro dos países da região.Outro tema que mobilizou os senadores de Roraima foi a situação política da Venezuela. Jucá se disse preocupado com o momento de crise entre os poderes naquele país e apelou para que o país siga sua tradição e consolide a sua base democrática.Para Mozarildo, a instabilidade política na Venezuela poderia não estar acontecendo caso o país já fizesse parte do Mercosul. Como no caso do Paraguai, o impasse poderia ser resolvido com a ajuda dos países membro, hoje empenhados na defesa da democracia.

16/04/1999

Agência Senado


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