Simon quer fim da guerra no Iraque e do bloqueio a Cuba
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou em discurso no Plenário, nesta sexta-feira (5), ter grandes esperanças no governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que assumirá o cargo no próximo mês.
- Digo com profunda sinceridade: eu confio no presidente norte-americano - declarou.
Simon afirmou esperar algumas iniciativas de Obama, entre elas o fim da guerra no Iraque; o término do bloqueio econômico a Cuba; o fechamento da prisão norte-americana localizada em Guantánamo (Cuba) e o fim da Quarta Frota da Marinha norte-americana, cuja área de atuação é o Atlântico Sul, que foi recriada pelo presidente George Bush.
- Seria um grande início! - afirmou.
As declarações de Simon foram provocadas por uma coluna publicada no jornal Zero Hora em que o jornalista Luis Fernando Veríssimo conta suas primeiras desilusões com o presidente Obama, que teria escolhido nomes "que são passado", ligados aos governos de Bill Clinton e George Bush.
- Quero dizer que eu discordo da afirmativa de que, na constituição do ministério, Obama está olhando para o passado e despreocupado com o futuro. Eu acho que Obama está demonstrando uma capacidade extraordinária de grande liderança. O grande líder não tem medo de buscar os melhores nomes para qualquer posição, achando que isso vai ofuscar sua liderança - disse.
Para Simon, é "genial" o convite feito por Barack Obama a pessoas que tenham pensamentos divergentes. Para Simon, isso demonstra competência do presidente eleito.
- Vai sentar com o gabinete: um fala de um jeito, outro fala de outro, e ele vai tirar a conclusão para ver qual o melhor caminho. Não é todo mundo pensando igual e a conclusão vai ser dele, a decisão vai ser dele. Eu acho muito positivo - disse.
TV Senado
No mesmo discurso, Simon elogiou a criação da TV Senado, que permite à população acompanhar na íntegra os debates travados na Casa. O senador destacou que em breve, com sinal aberto, a TV Senado será ainda mais democrática. Ele lamentou, porém, que a TV pública tenha sido criada pelo Executivo por decreto, e não com a aprovação do Congresso Nacional.
- Só tem uma maneira de conscientizar nosso povo: via televisão. E não é com as novelas, nem com os jornais nacionais, que só falam em desgraça. Que falem em desgraça, que falem em corrupção, mas que contem as coisas positivas que acontecem neste país! - disse.
05/12/2008
Agência Senado
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