Simon recomenda a Dilma firmeza no combate à corrupção




Matéria corrigida às 18h14

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) recomendou em Plenário, nesta sexta-feira (9), que a presidente da República, Dilma Rousseff, seja firme e conduza o processo que tomou conta das ruas contra a corrupção e a impunidade. Para reforçar o apelo, afirmou que a carga tributária brasileira, equivalente a cerca de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), acaba perdida em "roubos e na exorbitância da máquina pública".

Para Simon, este é um momento diferente, uma vez que as pessoas estão indo às ruas por iniciativa própria, de forma apartidária, convocadas por meio de redes sociais, não por um líder.

Ele ressaltou que a marcha contra a corrupção, realizada na quarta-feira (7), durante as comemorações da Independência, não teve objetivo de derrubar a presidente, mas de manifestar contrariedade com a corrupção e a impunidade no país. E disse discordar de declarações de que a marcha seria um movimento de direita. Registrou ainda a ausência da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas manifestações acorridas em várias cidades do país.

- Esses jovens estão nas ruas, inclusive, e o PT não notou isso, com elogios à presidente Dilma, dando apoio à presidente Dilma, dizendo que o que querem é o fim da corrupção, é o fim da impunidade - destacou.

Simon elogiou o apoio dado à marcha contra a corrupção por instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). E disse acreditar que a marcha marcada para o dia 20 deste mês, no Rio de Janeiro, reunirá "uma imensidão de pessoas".

Medidas concretas

O senador observou, no entanto, que apenas fazer marchas não significa que haverá mudanças no modo como os gestores lidam com os recursos públicos. Por isso, recomendou que o Congresso Nacional e a sociedade encontrem fórmulas concretas para evitar que a corrupção continue no país. Ele também pediu apoio da imprensa nesse sentido.

- Não deve ser apenas um trabalho contra a corrupção, contra a falta de ética e ficar por aí. Nós queremos encontrar fórmulas para evitar que isso se repita. Mais do que punir os que fizeram [atos de corrupção], a minha preocupação é que não se repita - disse Simon, ao reafirmar também sua posição de que este não é o momento de se instalar uma CPI para apurar e punir a corrupção no governo.



09/09/2011

Agência Senado


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