Simon suspeita de sabotagem na Petrobras
- De repente, é um acidente atrás do outro. Acho que tem uma coisa mais profunda. Alguma coisa tem de ser feita. O presidente da República garantiu que não irá demitir o presidente da Petrobras. Mas os casos tem de ser investigados - afirmou o senador, logo após o vice-presidente da Comissão, senador Alberto Silva (PMDB-PI) - no exercício da presidência -, anunciar o afundamento da plataforma P-36.
O parlamentar afirmou que, embora a produção de petróleo da estatal tenha aumentado, nos últimos anos, de 800 milhões de barris por dia para 1,3 bilhão, a empresa tem hoje a metade dos funcionários que tinha. Ele ressaltou que setores importantes da Petrobras foram terceirizados, embora não se sabia quais são as empresas terceirizadas responsáveis por esses setores.
De acordo com Pedro Simon, algumas pessoas dizem que essas empresas são de ex-funcionários da Petrobras, que trabalham com mágoa e ressentimento, ganhando a metade do que ganhavam para trabalhar mais do que antes.
Também a senadora Heloísa Helena Heloísa Helena (PT-AL) compartilhou suas preocupações com a possibilidade de que estejam acontecendo sabotagens com o intuito de forçar a privatização da empresa.
- Muitas vezes são utilizados mecanismos de desestruturação de uma empresa pública para criar-se, com isso, a falta de crédito dessa empresa para assim facilitar a privatização - denunciou a senadora.
20/03/2001
Agência Senado
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