Simpósio debate recursos genéticos





Simpósio debate recursos genéticos
O 3º Simpósio de Recursos Genéticos para a América Latina e Caribe, que começa hoje em Londrina, discutirá os avanços da ciência na biotecnologia e genética. Pesquisadores, estudantes e professores de mais de 17 países participarão do evento. “Será um fórum para divulgação dos resultados de pesquisas e definição de estratégias futuras para estudo da área”, explica Vânia Moda Cirino, pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná, organizador do simpósio, ao lado da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O evento se destacará na troca de informações sobre técnicas e metodologias de identificação, caracterização, conservação e uso dos recursos genéticos. “São dados importantes para o trabalho científico de muitos países que possuem a chamada mega biodiversidade”, frisa. Estima-se que no mundo existam mais de 10 milhões de espécies, entre animais, vegetais e micro-organismos. “O Brasil, por exemplo, detém 23% desses recursos, e ainda não tivemos condições técnicas e financeiras para identificar toda essa variabilidade genética”, afirmou ela..


Banco Social tem R$ 50 milhões para microcrédito
O Banco Social do Paraná havia liberado até a semana passada R$ 2,623 milhões em financiamentos do chamado microcrédito, operações de R$ 300 a R$ 5 mil que estão sendo utilizadas principalmente por quem não tem acesso ao crédito tradicional. A expectativa da instituição, que na prática é um programa do governo estadual, é liberar R$ 50 milhões até o próximo ano, segundo informou Adílio Milanez, diretor financeiro do Serviço de Apoio à Pequena Empresa (Sebrae) do Paraná. O Sebrae é o parceiro do Programa Paraná de Crédito Orientado que cuida do treinamento e capacitação dos agentes de crédito.

O dinheiro está sendo usado para iniciar ou ampliar pequenos negócios em dezenas de diferentes cidades do interior do Estado, desde a aquisição de máquinas de costura, passando por compra de ferramentas e máquinas de carpintaria, até reforma de salões de beleza. Até a semana passada, o Sebrae havia contabilizado a assinatura de 851 contratos, a grande maioria no valor de R$ 2 mil. “Mas nós queremos baixar o valor médio para cerca de R$ 1,5 mil porque, assim, atingiremos um maior número de pessoas”, declara Milanez. O banco acredita que os empréstimos tenham gerado empregos diretos e ocupação, o auto-emprego, para mais de 1 mil pessoas.

O dinheiro, que é repassado pela administração estadual, é financiado a juros de 1,5% ao mês, “bem abaixo da média de 4,5% do mercado”, segundo informa o diretor financeiro. Ele afirma que o custo menor é possível por causa do trabalho conjunto das entidades envolvidas no projeto - o governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, que fornece a infra-estrutura material e física, e o Sebrae, responsável pelo treinamento dos agentes.

Até agora, o Sebrae já treinou 154 agentes. São os profissionais, geralmente estudantes universitários, que visitam os pretendentes a empréstimos e fazem a avaliação de crédito. “Mas é uma avaliação muito simples e sem burocracia. Eles verificam onde o potencial tomador mora, onde fazem suas compras e se pagam suas contas em dia”, observa Milanez.

Segundo o diretor, os contratos estão sendo fechados num prazo médio de 10 dias, desde o momento em que o tomador procura uma das agências ou postos da Secretaria do Trabalho, até a assinatura do acordo. “A meta é diminuir esse prazo para cinco dias”, revela Milanez, ao lembrar que um encontro para atualização do treinamento marcado para os dias 3 e 4 de dezembro vai orientar os agentes para tentar diminuir o prazo.

Os recursos estão servindo para ampliar pequenos negócios, como o do salão de beleza de Maria de Fátima da Silva Gomes, de 42 anos, que emprestou R$ 1,7 mil para comprar móveis e aparelhos novos e reformar o seu estabelecimento, localizado em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Maria, que já está pagando a quarta parcela do financiamento, viu seu faturamento mensal aumentar de R$ 1,2 mil para R$ 1,8 mil por causa das melhorias. “O salão ficou mais bonito e atraiu mais gente”, comemora.

A comerciante Luciana Aparecida dos Santos Martinelli, dona ao lado do marido de uma pequena loja de pequenos serviços no centro da mesma cidade, conseguiu financiar em 18 meses uma máquina de fotocópias que representa 30% de seu faturamento bruto mensal de R$ 7 mil. “Eu pagava R$ 200 de aluguel por mês. Agora pago R$ 300, mas ela será minha logo”, afirma, otimista.
Cerca de 90 municípios já possuem agentes de crédito atuando no mercado. Eles fazem a avaliação inicial do crédito do requerente ao financiamento, mas a aprovação é dada por um “comitê de crédito”, formado por três pessoas - um representante dos trabalhadores, um de órgãos públicos e um empresário.


Redes de farmácias em expansão
O maior poder de barganha na compra de medicamentos e produtos de higiene e beleza, e conseqüentemente, a oferta de preços mais competitivos aos clientes, está impulsionando a expansão de grandes redes de farmácias na Região Sul, em detrimento dos pequenos estabelecimentos do ramo.

A relativa estabilidade da economia desde o Plano Real proporcionou o aumento na demanda de remédios que antes não eram tão consumidos pelas classes mais populares, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Rio Grande do Sul (Sinprofar), Milton Antônio Araújo dos Santos.

A atual conjuntura favorece os planos de expansão da Drogamed, do Paraná, por exemplo. O controle da empresa paranaense foi adquirido pelo grupo chileno Fasa em maio de 2000, e a empresa chegou em novembro com 100 lojas no Paraná e Santa Catarina. E logo nos primeiros meses do próximo ano vai começar a operar no mercado gaúcho. “Nossa meta a curto prazo é ser a maior rede do Sul do País”, disse o diretor superintendente Ricardo Terrazas.

A Farmácias Capilé, de São Leopoldo (RS), tem como meta chegar a 150 filiais no Rio Grande do Sul, onde já conta com 76 lojas. E em 2002 a empresa pretende investir nos mercados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A intenção empresa é chegar a 400 farmácias nestes três estados.

Para enfrentar a concorrência, a Panvel concentra seus investimentos no Rio Grande do Sul. A empresa investiu R$ 3,8 milhões em 2001 na expansão da rede, na melhora de tecnologia e no treinamento de funcionários. No próximo ano, planeja investir mais R$ 4,7 milhões. A Panvel vai encerrar o ano com 209 lojas mercado gaúcho e deve inaugurar mais 10 em 2002.


Produção industrial da região cresce menos que no ano passado
A produção industrial da Região Sul ao longo de 2001, embora crescente, vem apresentando desaceleração, na comparação trimestral com o ano passado. No terceiro trimestre deste ano, o setor cresceu 2,2%, índice bem inferior aos 3,9% computados no mesmo período de 2000, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No segundo trimestre de 2001, a produção do setor cresceu 1,9%, o que mostra uma queda importante em relação ao crescimento do segundo trimestre de 2000, que foi de 3,2%. E mais expressiva ainda é a diferença do primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 2,6% na produção, diante do índice do primeiro trimestre do ano anterior, de 7,3%.

A economista Isabella Nunes Pereira, do Departamento da Indústria do IBGE, diz que a conjuntura brasileira, com taxa de juros alta, crise energética, e o cenário internacional, com a crise na Argentina e a desaceleração do mercado norte-americano, agravada pelos atentados terroristas, prejudicou a economia como um todo.

Na região Sul, no acumulado do ano, a produção i ndustrial que mais cresceu foi a do Paraná, com acréscimo de 4,9%. A de Santa Catarina apresentou expansão de 3,5% e a do Rio Grande do Sul teve queda de 0,6%.
De acordo com o IBGE, o indicador acumulado no Paraná reflete um quadro de taxas positivas, no qual 12 setores registram aumento na produção. Os principais destaques na composição do resultado global são os dois setores de maior peso no parque fabril paranaense: produtos alimentares (8,8%) e química (6,2%), sustentados pelos acréscimos na produção de café solúvel e óleo diesel, respectivamente. Entre os gêneros que tiveram queda na produção, destaca-se a indústria de papel papelão, com menos 9,0%.

Em bases trimestrais, há um movimento de ligeira melhora no ritmo produtivo na passagem do segundo (2,4%) para o terceiro (3,3%) trimestre deste ano, na indústria paranaense. Este comportamento está presente em nove dos 19 setores pesquisados, sendo mais acentuado em couros e peles, que salta de 1,4% para 51,2% de um período para o outro.
Segundo levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), as indústrias paranaenses venderam 26,99% a mais nos primeiros nove meses de 2001, em relação ao mesmo período do ano passado. A média nacional foi de 14,56%.

O presidente da Fiep, José Carlos Gomes Carvalho, diz que 2001 será um bom ano para a indústria. Para ele, a descentralização industrial promovida pelo governo do Estado a partir de 1996 e o planejamento estratégico montado pelos empresários são os principais responsáveis pela expansão.

No mês de setembro, porém, a produção industrial paranaense caiu 1,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, revertendo o quadro de crescimento apresentado nos meses de julho (9,1%) e agosto (2,3%). O resultado do mês foi pressionado, sobretudo, pelo recuo nas indústrias de material elétrico e de comunicações (-51,0%) e de papel e papelão (-21,8%), influenciado pelos decréscimos na produção de fio, cabo e condutores de aço e papel kraft, respectivamente.

Metalúrgica (104,4%) e produtos alimentares (7,7%) foram os setores que mais contribuíram positivamente para a composição do resultado global, puxado por itens como blocos de aço e açúcar cristal. “Vale ressaltar que o resultado da metalúrgica deste mês foi bastante influenciado pela paralisação para manutenção de uma importante empresa do setor, ocorrida em setembro do ano passado”, lembra Isabella Pereira, do IBGE.

Em Santa Catarina, os resultados da atividade fabril em setembro mostraram crescimento nos principais indicadores: 5,8% no mensal, coincidentemente o mesmo índice do trimestral, e 3,5% no acumulado do ano. Na comparação com setembro do ano passado, a expansão foi decorrência de aumentos da produção em seis dos 17 ramos industriais. O melhor desempenho foi do setor de material elétrico e de comunicações (126,3%).

Na análise trimestral, observou-se um aumento no ritmo de produção do segundo (4,3%) para o terceiro trimestre (5,8%). Os setores que mais contribuíram positivamente para este resultado foram material elétrico e de comunicações e produtos alimentares.
O indicador acumulado apresentou uma expansão de 3,5%, acompanhada por oito setores. Novamente, material elétrico e de comunicações (53,0%) destaca-se como a principal pressão positiva, seguido por metalúrgica (8,2%). Em contraposição, vestuário (-8,9%) e extrativa mineral (-20,8%) destacaram-se com os principais impactos negativos. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, por sua vez, apresentou a segunda maior taxa no ano (3,5%), inferior apenas à de janeiro (4,3%).

No Rio Grande do Sul, em setembro, os indicadores de produção industrial registraram reduções nos índices mensal (-3,9%), trimestral (-2,1%) e acumulado (-0,6%), enquanto que o dos últimos 12 meses mostraram aumento de 0,9%. No confronto entre setembro de 2001 e setembro de 2000, houve redução de 3,9%. De 19 segmentos, 13 diminuíram a produção. Entre estes, vestuário (-19,6%) e química (-7,5%) despontam como as principais pressões negativas, enquanto que as principais contribuições positivas foram de mecânica (10,5%) e mobiliário (11,7%).

Quanto ao indicador acumulado no ano, registrou-se a terceira queda consecutiva (-0,6%). Foram verificadas taxas negativas em 13 segmentos, com destaque para química (-6,1%) e produtos alimentares (-5,1%). Entre os segmentos que apontaram crescimento, destacaram-se o de mecânica (19,9%) e material de transporte (5,2%). A taxa anualizada continua apontando uma trajetória de desaceleração no Estado, tendo registrado em agosto 1,5% e em setembro apenas 0,9% de aumento.


Colunistas

NOMES & NOTAS

Adatel e Vision
A Adatel, nova concessionária de serviço de televisão a cabo de São José (SC), já escolheu a fornecedora dos decodificadores que vai instalar na casa de seus clientes. Trata-se da Vision, da cidade paulista de Valinhos, que já produziu mais de 1,3 milhão de decodificadores e tem clientes em todo o País. A Adatel é controlada pela Sercomtel, operadora de telefonia de Londrina (PR).

Vestibular Barddal
As inscrições para o vestibular das Faculdades Barddal, de Florianópolis, estão abertas até o dia 22 e podem ser feitas na Avenida Madre Benvenuta, 416, ou no site www.barddal.com.br. A taxa é de R$ 50. Além das provas escritas do processo seletivo, no dia 24, este ano as Faculdades Barddal oferecem a possibilidade de ingresso mediante uma avaliação curricular do candidato. Os cursos oferecidos são os de Letras, Sistemas de Informações, Ciências Contábeis e Design.

Engenheiro do Ano
Pipa Germano, presidente da Federação das Associações Municipais do Rio Grande do Sul (Famurs) e prefeito de Cachoeira do Sul, no interior gaúcho, foi eleito o Engenheiro do Ano pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul. A entrega do prêmio será dia 11 do próximo mês. O pró-reitor da Pontifícia Universidade Católica do RS, engenheiro Roberto Giardello Franco, receberá o troféu de Engenheiro do Ano representando a Área Pública, no mesmo evento.

Videoconferência
Os sindicatos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul do setor de fomento mercantil debatem nesta quinta feira, por videoconferência, as perspectivas da economia nacional para o próximo ano. O evento comemora os 10 anos de criação dos sindicatos de factoring no Brasil. O presidente do sindicato gaúcho, Olmiro Lautert Waelndorff, observa que o setor está consolidado como instrumento de apoio às pequenas e médias empresas, tanto em termos de suporte financeiro como também na área de gestão.

Seminário de Crédito
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Estado do Rio Grande do Sul promove amanhã um Seminário de Crédito em parceria com a Caixa Econômica Federal. O objetivo é apresentar aos industriais do setor as linhas de crédito e recursos que a CEF coloca à disposição principalmente das micro, pequenas e médias empresas. “São operações creditícias com juros extremamente baixos, desburocratizadas e, portanto, plenamente acessíveis às empresas de menor porte”, diz o presidente do Sindicato, Gilberto Porcello Petry.


Topo da página



11/19/2001


Artigos Relacionados


Congresso Brasileiro de Recursos Genéticos recebe inscrições

CAS promove audiência pública sobre recursos genéticos

CE APRECIA CONTROLE DO ACESSO AOS RECURSOS GENÉTICOS DO PAÍS

Acesso a recursos genéticos será debatido em audiência pública

Tião Viana cobra do governo lei sobre recursos genéticos

Regime de acesso a recursos genéticos poderá ser aprovado em 2008