Sindicalista quer mais investimento na segurança dos jornalistas



A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), Suzana Blass, pediu mais investimentos das empresas de comunicação para garantir a segurança dos jornalistas durante ações de risco. Ela participou, nesta segunda-feira, da audiência pública que promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), sobre a violência contra os profissionais brasileiros e estrangeiros.

Suzana Blass relembrou o caso do repórter cinematográfico do Grupo Bandeirantes, Gelson Domingos, que morreu, em 2001, após ser atingido no peito, em pleno exercício da profissão, durante a cobertura de uma operação policial na favela de Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo informou, o colete que ele usava não tinha o mínimo de especificações exigidas.

– Vimos esse colete por acaso, pois o médico deu à viúva, era um colete recauchutado, com a menor especificação possível. Jamais poderia ser usado naquele tipo de situação – criticou a presidente do sindicato.

Para Suzana Blass, é preciso criar um protocolo de segurança, que dê a possibilidade do repórter se negar a participar da cobertura, quando a empresa não oferece condições seguras de realizar o trabalho. Blass também propôs a contratação de seguro diferenciado para os profissionais que cobrem áreas de risco e investir em tecnologia que possibilite filmar imagens de longo alcance.

A presidente do SJPMR afirmou que é preciso debater mais o tema, dentro e fora das redações.

– Precisamos levar o debate para a mídia, porque a mídia não fala dela mesmo – ressaltou.



28/05/2012

Agência Senado


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