Sindicalistas fazem manifestação contra Sarney



Cerca de 25 sindicalistas estenderam uma faixa na galeria do Plenário nesta terça-feira (4) pedindo a saída do senador José Sarney (PMDB-AP) do cargo de presidente do Senado. Os manifestantes usavam também máscaras cirúrgicas onde escreveram "Fora Sarney". A faixa defendia ainda o unicameralismo no Brasil. Após alguns minutos de manifestação policiais do Senado retiraram os manifestantes do local a pedido do senador Adelmir Santana (DEM-DF), que presidia a sessão. O parlamentar lembrou que o Regimento Interno do Senado proíbe manifestações nas galerias.

Em Plenário, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) lembrou que, se as manifestações dão proibidas, reprimí-las com violência também. Ele pediu que os manifestantes fossem retirados pacificamente, pedido reforçado por Adelmir Santana.

De acordo com o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo de Araújo Carvalho, os manifestantes foram retirados do Plenário porque o Regimento Interno da Casa proíbe manifestações de apreço ou desapreço nas dependências do Senado. As manifestações são livres, porém, no gramado do Congresso.

Em seu artigo 184, o regimento diz: "é permitido a qualquer pessoa assistir às sessões públicas, do lugar que lhe for reservado, desde que se encontre desarmada e se conserve em silêncio, sem dar qualquer sinal de aplauso ou de reprovação ao que nelas se passar".

Pedro Carvalho informou que será aberto um inquérito sobre o caso e os manifestantes serão ouvidos pela Polícia do Senado. Caso os sindicalistas mantenham a acusação de que foram agredidos por policiais quando foram retirados das galerias serão levados para exame no Instituto Médico Legal (IML) para comprovação das acusações.

Os manifestantes são membros do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e de entidades associadas à Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas). De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Vivaldo Moreira Araújo, o grupo veio exigir a "derrubada imediata" do presidente José Sarney.

- Não é possível vermos esse mar de corrupção e não fazermos nada - disse Vivaldo aos jornalistas.

Vivaldo Araújo argumentou que os manifestantes fizeram um protesto silencioso no Plenário. Ele disse que os sindicalistas compareceram ao Congresso para acompanhar a audiência pública, na Comissão de Assuntos Sociais, sobre a demissão de 4 mil funcionários da Embraer.



04/08/2009

Agência Senado


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