Sindicalistas tentam derrubar portaria que acabou com contribuição sindical
Agripino resumiu essa confiança, dizendo que os sindicalistas conseguiram sensibilizar a maioria dos partidos políticos.
- Houve a feliz coincidência de o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Edison Lobão (PFL-MA), firmar o compromisso de colocar esse projeto em pauta na próxima quarta-feira (17). Ele vai entregar sua relatoria ao senador José Jorge (PFL-PE), que é homem de profunda sensibilidade e que fará um relatório racional, lógico, democrático e patriótico - disse o senador.
Ainda de acordo com Agripino, o presidente Sarney atrasou sua ida ao Plenário para receber os sindicalistas e firmou o compromisso de, aprovado esse projeto na CCJ, colocá-lo com prioridade na pauta do Plenário do Senado, para que a matéria seja votada antes do recesso parlamentar.
- O que vale dizer que a chance de manter-se a contribuição sindical está na mão - acrescentou Agripino.
Autor do projeto que cancela os efeitos da portaria, Paulo Paim se disse ainda mais otimista que Agripino. Ele disse esperar que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ao perceber a vontade de 100% do movimento sindical brasileiro de ver a portaria extinta, a revogará por conta própria, antes mesmo da votação no Congresso.
- É inadmissível que o movimento sindical, que tem uma história de luta muito bonita, que orgulha a todo nosso povo, de um momento para outro perca toda sua estrutura. Por que, sem as contribuições devidas, como é que os sindicatos vão fazer a política sindical? - perguntou.
Paim disse que a reunião vinha ao encontro daquilo que espera o movimento sindical e acrescentou estar convencido que o próprio governo vai revogar a portaria.
Paulo Pereira da Silva também exprimiu sua confiança, dizendo que os sindicalistas receberam o apoio "de praticamente a unanimidade" do Congresso Nacional, desde os senadores até o presidente Sarney.
- Estamos confiantes de que ou o governo retirará essa medida, ou nós vamos derrotá-la aqui no Congresso - afirmou.
10/11/2004
Agência Senado
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