Somente reformas estruturais podem reduzir violência, diz Gilvam
Na opinião do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), medidas com a finalidade de proibir o porte de armas ou restringir a venda de bebidas alcóolicas nos bares, se adotadas, só surtirão efeito paliativo no combate à violência no país. Como ações eficazes para resolver o problema, o senador defende a reestruturação de todo o sistema de segurança, começando pela unificação das polícias civil e militar.
- Essas providências devem ser tomadas pelo Legislativo, principalmente por meio de uma legislação que estabeleça a unificação das polícias. Esse é o caminho. As polícias precisam não apenas da mais recursos financeiros, mas também de uma nova doutrina, já que elas não contam com uma política que possa guiá-las com o objetivo comum de combater a criminalidade - avaliou Gilvam.
Para ele, a ausência de diretrizes é a principal causa para o corporativismo e a corrupção existente nas polícias. Ele apontou ainda o desaparelhamento, o despreparo dos agentes de segurança e o deficiente sistema penitenciário como fatores que contribuem para a deficiência da segurança pública no Brasil.
- Os aparelhos de segurança do Estado estão totalmente desprovidos de condições de combater a violência. Essa proposta ajudaria a melhorar essa situação e deve contar com o apoio dos parlamentares, pois esse é um ano eleitoral e o combate à violência é um dos principais clamores da sociedade - argumentou Gilvam Borges.
Em defesa da unificação das corporações, o senador pelo Amapá registrou que esse modelo é utilizado em países desenvolvidos, com resultados muito positivos. Outra medida possível, citou ele, seria a inclusão das Forças Armadas no combate à criminalidade. "Eles só precisam passar por um treinamento específico".
04/02/2002
Agência Senado
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