Suassuna defende conclusão das reformas econômicas



Mesmo reconhecendo que o Brasil passou, na última década, por um forte processo de revisão de sua organização econômica, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) defendeu a conclusão das reformas econômicas iniciadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso, como forma de fortalecer o país e torná-lo resistente a crises internacionais.

- Estamos longe, muito longe mesmo, de alcançar uma situação satisfatória quanto às nossas regras para a atividade econômica de produção de bens ou de serviços. Seja no mercado interno, seja para o mercado externo - alertou.

Para Suassuna, o governo deu um sinal importante ao criar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas "muito pouco", está sendo sentido pelos agentes econômicos que lhes permita ter confiança em uma curva contínua de crescimento. O senador lembrou que não há como realizar qualquer projeto de desenvolvimento nacional, até mesmo um simples programa, sem a adesão da maioria da população.

- Há que haver uma projeto coletivo dos brasileiros. Projeto construído, não na unanimidade, meta utópica numa sociedade diversificada como a nossa, mas projeto construído por um consenso majoritário e que reflita os anseios mais verdadeiros dos brasileiros. Se mudanças devem ser feitas em nossa ordem econômica, e elas devem, certamente, serem feitas, que assim seja. Com a força da convicção e do convencimento das maiorias democráticas - sugeriu.

Um ponto crítico, na opinião do senador, é a reforma tributária. Para ele, sem essa reforma não haverá um Brasil justo, econômica ou socialmente. Ele observou que se essa reforma já era importante anos atrás, "hoje ela é mais do que indispensável". Suassuna alertou ainda que, se faltaram as condições técnicas e políticas para realizar a reforma tributária, essas condições devem ser criadas para que o país não seja forçado a fazê-la por força dos acontecimentos.

09/10/2001

Agência Senado


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