SUASSUNA LAMENTA FALTA DE VERBAS PARA ESTRADAS



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) lamentou nesta terça-feira (dia 15) a falta de verbas para a manutenção da malha rodoviária federal, especialmente o trecho da BR- 230 que atravessa a Paraíba. Suassuna lamentou também que o Brasil não tenha priorizado o transporte hidroviário e o ferroviário, optando pela rodovias, mais caras e dependentes do petróleo importado. Ele condenou ainda a falta de balanças para verificação do peso excessivo dos caminhões de carga, fator de grande deterioração das estradas brasileiras.
- Só hoje o Ministério dos Transportes está tentando incentivar as hidrovias. Não é possível existir um Ministério dos Transportes sem recursos para fazer o seu trabalho. Foram retirados R$ 800 milhões do orçamento do Ministério, que a cada dia tem menos recursos. O ministro não pode fazer milagres. Como exigir verbas se ele não as tem? - indagou Suassuna.
O senador Edison Lobão (PFL-MA) lembrou que não é preciso inventar nada novo para resolver a questão. "Basta imitar o que é feito no mundo todo. O transporte de cargas é feito através de ferrovias e de hidrovias", sugeriu Lobão. O senador Luiz Otávio (sem partido-PA) afirmou que o transporte hidroviário é ainda mais barato que o ferroviário. Ele disse ainda que as balanças para caminhões estão ultrapassadas e que o governo deveria investir em tecnologia mais moderna como a utilizada pelo americanos. Segundo Luiz Otávio, os caminhões americanos carregam um sensor que limita automaticamente o peso a ser transportado.
Suassuna complementou a informação de Luiz Otávio e informou que o sensor impede a partida do motor do caminhão se o peso da carga ultrapassar o limite permitido ou se alguém tentar abrir a caixa onde o sensor é instalado. Ele também disse que já existem balanças mais modernas que lêem o peso do caminhão e, se for constatada a irregularidade, já emitem a multa. Para Suassuna, será o somatório de soluções que levará ao eqüacionamento do problema do transporte no país.

15/08/2000

Agência Senado


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