Suassuna nega intervenção em diretórios municipais do PMDB na Paraíba



Em pronunciamento feito no final da tarde desta quarta-feira (dia 8), o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) negou que tenha ocorrido intervenção do diretório regional do PMDB em vários diretórios municipais do partido na Paraíba. No início da tarde, o senador Ronaldo Cunha Lima (PB) havia ocupado a tribuna para anunciar que estava se desligando do partido e ingressando no PSDB motivado pela suposta intervenção.

- O PMDB foi colocado (por Ronaldo Cunha Lima) como o partido que interveio em diretórios municipais. Não é verdade. Traga a intervenção em apenas um que eu, de público, me penitenciarei. Ele falou que houve intervenção nos diretórios de João Pessoa, Campina Grande e outros. É mentira - afirmou Suassuna.

O senador peemedebista também negou que Ronaldo Cunha Lima esteja deixando o PMDB agora. Para Suassuna, o ex-correligionário, na prática, deixou o partido há muito tempo. "Ele deixou o PMDB quando transferiu para o PSDB e o PTB seus aliados como o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, o deputado Armando Abílio e outros, e orientou o seu filho, Cássio Cunha Lima (prefeito de Campina Grande), a ficar sem partido", comentou.Segundo Suassuna, antes da eleição de 1998 houve um acordo para compor a chapa estadual do PMDB. O governador José Maranhão seria o candidato à reeleição, um irmão de Ronaldo Cunha Lima entraria na chapa como vice-governador e o próprio Suassuna disputaria o Senado. "Ronaldo já era senador, seu filho era prefeito de Campina Grande, tinha um primo que disputaria o cargo de deputado estadual e seu cunhado era ministro da Integração", enumerou, destacando que nunca uma família teve tanto poder na Paraíba.

Mesmo assim, prosseguiu o senador, Ronaldo Cunha Lima não cumpriu o acordo e, derrotado na convenção do partido, entrou na Justiça. "Perdeu em todas as instâncias", informou. Em aparte, o senador Maguito Vilela (PMDB-GO), que é presidente em exercício do PMDB, disse que tentou articular a reaproximação dos dois grupos, mas não foi bem- sucedido. "Suassuna e José Maranhão aceitavam a volta de Ronaldo Cunha Lima, concordavam com o diálogo, mas a recíproca não foi verdadeira", lamentou.

08/08/2001

Agência Senado


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