Suplicy comenta efeito das UPPs na economia de comunidades pacificadas do RJ



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) leu, nesta terça-feira (22), o artigo As consequências econômicas da paz, do economista Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que propõe discussão sobre o efeito das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na economia das áreas pacificadas do Rio de Janeiro. O artigo, publicado no jornal Valor Econômico, sugere cautela com o "espetáculo de crescimento" verificado nas favelas sob ocupação, mas avalia que a expansão das UPPs é sustentável na medida em que os ganhos econômicos do "choque de ordem" compensarem os custos da pacificação.

Segundo Suplicy, Marcelo Neri salienta a importância dos programas de microcrédito, por meio de associações como o Crediamigo e o VivaCred, argumentando que é preciso não "levar a favela ao (cofre do) Estado", mas "levar o Estado à favela". Suplicy elogiou o artigo e registrou o exemplo de John Maynard Keynes, que, no início da participação do Reino Unido na Segunda Guerra Mundial, propôs separar 2% do produto interno bruto do país para prover renda básica a toda a população.

- No dia em que tivermos a distribuição de uma renda básica de cidadania em todo o nosso país, mais e mais opções terão aqueles jovens que, às vezes por falta de alternativas, não veem outra solução senão tornarem-se parceiros e aviõezinhos das quadrilhas de narcotraficantes, e mais e mais formas teremos para resolver esses graves problemas sociais que têm preocupado tanto a população do Rio de Janeiro e do Brasil - afirmou o senador.



22/11/2011

Agência Senado


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